Menu
Torcida

No aperto: com um a menos, Brasil vence Nova Zelândia e está classificado à próxima fase

Com seis pontos, o Brasil empata novamente com Angola, mas ultrapassa os africanos pelo saldo de gols. Mais cedo, os africanos bateram o Canadá por 2 a 1

Marcus Eduardo Pereira

29/10/2019 23h43

Patricy Albuquerque/Esportes Brasília

Olavo David Neto
[email protected]

Os 14.158 torcedores presentes ao Bezerrão logo acharam que viriam uma nova goleada brasileira no Mundial Sub-17. A vitória por 3 a 0 da Seleção Brasileira sobre a Nova Zelândia, porém, veio após certo sofrimento da Canarinho, já que o placar só foi dilatado nos últimos dez minutos. Mesmo com toques rápidos, a Canarinho esbarrou na boa marcação montada pelos neozelandeses, e depois de abrir placar – e ter Yan expulso ainda no primeiro tempo – teve de recuar para não ser surpreendida.

Com seis pontos, o Brasil empata novamente com Angola, mas ultrapassa os africanos pelo saldo de gols. Mais cedo, os africanos bateram o Canadá por 2 a 1. Assim, o grupo fica praticamente definido, já que as duas seleções se enfrentam na última rodada da fase de grupos. Caso avance em primeiro, a Seleção volta a jogar no Bezerrão nas oitavas de final.

O jogo

Mais uma vez, a amarelinha começou a todo vapor. Logo aos cinco minutos, Gabriel Verón avançou pela esquerda, invadiu a área e cruzou rasteiro. Kaio Jorge finalizou, mas bateu mal. A Nova Zelândia mantinha a marcação em linha alta, a partir da risca do meio campo. Assim, criava dificuldades ao jogo brasileiro, que não conseguia efetuar as já consagradas saídas no toque de bola. Com o jogo truncado, a torcida subiu o volume e se dedicou aos cânticos.

As chegadas brasileiras se davam após rápidos toques de bola em volta da área. Quando acuados, os neozelandeses protegiam bem a área e não deixavam qualquer jogador da Canarinho em condições de receber e fuzilar o gol de Paulsen. Na primeira oportunidade que teve no jogo, a Nova Zelândia saiu em velocidade com belo lançamento de Hamilton para Stamenic. O camisa 10 dominou com estilo na ponta direita, cortou para o meio e bateu por cima da meta de Matheus Donelli.

Apesar do susto, a resposta veio rápido. Após ligação direta de Henri, Gabriel Verón disputou com o zagueiro, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, no pé de Kaio Jorge, que bateu de bico para abrir o placar no Bezerrão e marcar o primeiro gol do camisa 9 no Mundial Sub-17. A partir daí, só os visitantes jogaram. Aos 25’, Randall fez um salcedo no sistema defensivo brasileiro e sofreu falta a dois passos da área. Ele mesmo bateu, rasteiro e no canto de Donelli, que caiu no reflexo e espalmou.

A situação brasileira piorou aos 39’. A Nova Zelândia tentava mais um ataque pela direita quando Yan Couto dividiu com Garbett, que entrou de carrinho. O camisa 2 brasileiro pulou e tocado por Randall. Na aterrisagem, Yan pisou na coxa de Garbett e sequer tentou tirar o pé. Após alerta do árbitro de vídeo, o guatemalteco Mario Escobar mostrou o cartão vermelho.

Após o intervalo, Nova Zelândia voltou propondo o jogo, enquanto o Brasil, debilitado pela desvantagem numérica, apenas se defendia em campo. A Seleção demonstrou certo nervosismo e passou a errar passes simples e dar espaços aos atacantes neozelandeses. Com passes rápidos, os oceânicos giravam a bola nas imediações da área brasileira.

Aos quatro minutos da segunda etapa, Van Hattun disparou pelo meio e bateu forte. Apesar de assustar o goleiro Matheus, a bola saiu à esquerda. Aos sete, Garbett avançou pela esquerda, clareou e disparou, mas o chute saiu fraco. Dois minutos depois, Randall passou como quis por Garcia e cruzou rasteiro. Van Hattun fechou pelo meio e bateu dentro da pequena área, no contrapé de Matheus, que só torceu e viu a bola passar à direita do gol.

Aos 15’, novamente Van Hattun passou por Patryck e mandou rasteiro para o centro da área. Randall dominou na marca do pênalti, girou e chutou. A bola saiu fraquinha, à esquerda de Matheus. O Brasil mal conseguia deixar o campo de defesa. Em determinados ataques neozelandeses, a Seleção mantinha os dez jogadores de linha no entre a intermediária e a linha de fundo. Mesmo assim, a Nova Zelândia começou a achar espaços e a entrar com mais frequência na área brasileira.

Quando o empate parecia questão de tempo, eis que a sorte sorri para um certo camisa 11.
Aos 35’, enquanto a Nova Zelândia trocava passes na defesa, tranquila, Talles avançou para marcar os zagueiros adversários. Quando a bola foi recuada para o goleiro Paulsen, o atacante vascaíno acelerou e assustou o arqueiro neozelandês, que se enrolou com a bola e praticamente deu um gol à principal estrela do escrete brasileiro. Já aos 46 minutos, em nova falha da zaga neozelandesa, Diego roubou a bola, invadiu a área e bateu na saída de Paulsen. Alívio, festa e classificação no Walmir Campelo Bezerra.

Ficha Técnica:

Estádio Bezerrão – Gama/DF

Público: 11.120 pagantes/14.158 presentes

Amarelos: Daniel Cabral, Diego, Luan Patrick (Brasil); Hamilton, Simpkin (Nova Zelândia)

Vermelho: Yan Couto (Brasil)

Gols: Kaio Jorge, Talles Magno e Diego.

Brasil
Matheus Donelli; Yan Couto, Luan Patrick, Henri, Patryck; Daniel Cabral, Talles Costa (Garcia), Gabriel Verón, João Peglow (Sandry); Talles Magno e Kaio Jorge (Diego);

Nova Zelândia
Paulsen; Naicker, Simpkin, Strong, Hillis (Wilson); Hamilton, Randall, Stamenic, Garbett; Van Hattum, Bark (Lobo);

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado