Roberto Wagner
Enviado especial ao Rio de Janeiro
O tão desejado ouro não veio, mas a medalha de prata conquistada na manhã deste sábado no Estádio da Lagoa, a terceira de Isaquias Queiroz nos Jogos Olímpicos do Rio, definitivamente o colocou no rol de referência do povo brasileiro.
A maior prova disso foi dada após o segundo lugar na prova de 1000m, ao lado de Erlon Silva. Ao sair da água, Isaquias ouviu aplausos e gritos como “orgulho da nação” e “herói brasileiro”.
O carinho das pessoas se explica com números. O baiano é o primeiro atleta do Brasil a conquistar três medalhas numa única edição de Olimpíada.
A simpatia da torcida com ele também se explica pelo carisma. “Eu acho que nem esperei muito por essa medalha, a minha medalha de ouro foi mais o público, a torcida. Receber o carinho deles foi a maior conquista. Ver a galera cantando o hino, o público veio todos os dias, hoje a Lagoa estava chapada. Foi muito legal”, comemorou.
Mesmo sendo orientado a se dirigir à sala de entrevista, Isaquias fez questão de quebrar o protocolo e ie tirar selfie com o público.
Talvez esse tipo de reação explique a campanha que os brasileiros têm feito nas redes sociais para mudar o nome da Lagoa Rodrigo de Freitas para Isaquias Queiroz. “Eu fiquei sabendo disso aí e estou até surpreso. Acho que antes aqui era Estádio de Remo, agora tem que mudar, né?”, brincou o baiano. “Mas o remo faz um grande trabalho, foi bem na Olimpíada também e cada um tem a sua dificuldade”.
Encerrado os trabalhos da canoagem na Rio 2016, Isaquias Queiroz sai com três medalhas: prata nos 1000m individual e em dupla e bronze nos 200m individual.
