Menu
Torcida

Messi fica sem contrato com o Barcelona e mantém o mundo da bola em suspense

Desde seu primeiro contrato assinado em um guardanapo, Messi que completou 34 anos em 24 de junho, sempre esteve ligado ao Barça

Redação Jornal de Brasília

01/07/2021 9h06

Pela primeira vez na carreira, Lionel Messi está livre. Apesar de o Barcelona continuar acreditando na renovação com o jogador argentino, a partir desta quinta-feira o vencedor de seis prêmios Bola de Ouro não tem mais contrato com o clube catalão, situação que mantém o mundo da bola em suspense.

Essa é a principal novela do mercado de transferências na Europa: desde seu primeiro contrato assinado em um guardanapo, em 14 de dezembro de 2000, Messi, que completou 34 anos em 24 de junho, sempre esteve ligado ao Barça. E, embora o presidente do clube espanhol, Joan Laporta, tenha declarado laconicamente aos jornalistas que a negociação está sendo feita com calma, o futuro do camisa 10 ainda não está definido.

Segundo a imprensa espanhola, Messi já recebeu há algum tempo uma proposta de renovação do Barcelona, e há apenas alguns detalhes para ajustar para a sua assinatura, o que mantém um clima de confiança entre os dirigentes em meio a tantas especulações sobre os rumos da negociação. Mas, há dez meses Messi manifestou o desejo de deixar o time, enviando um burofax (espécie de carta registrada) à direção do clube, o que gerou muitas discussões e levou à renúncia do presidente Josep Maria Bartomeu, em outubro de 2020.

Desde então, o argentino praticamente manteve o silêncio, dando apenas duas entrevistas em dezembro e no final do campeonato, afirmando que não havia nada decidido. “É muito especial ser o capitão desta equipe onde estive toda a minha vida”, afirmou Messi ao erguer a Copa do Rei em abril passado, o único troféu conquistado pelos catalães nesta temporada.

E o craque prorrogou o suspense um pouco mais, já que está participando com a seleção da Argentina da Copa América, onde é o artilheiro com três gols e o jogador com mais assistências, levando a equipe às quartas de final, quando vai enfrentar o Equador. Apesar de tudo, o Barça tem motivos para acreditar na continuidade do seu capitão, como o fato de ter participado em março nas eleições que deram a Laporta a presidência, algo que nunca tinha feito antes.

O fator Laporta
A eleição de Laporta, com quem mantém uma boa relação, pesou na balança e, desde o seu retorno à presidência do Barcelona, o dirigente apostou na manutenção da sua estrela, apesar do contrato estratosférico revelado em fevereiro, que teve de ser adaptado à difícil situação financeira do clube.

Mas o mais importante é o aprimoramento do projeto esportivo na temporada passada e na próxima. Com Ronald Koeman no comando, o clube contratou o Agüero, grande amigo de Messi, e um centroavante nato, Memphis Depay, que se juntam ao surgimento de jovens como Ansu Fati, Pedri e Riqui Puig, para voltar a colocar o Barcelona na linha de frente.

Certamente, a temporada passada também teve algumas decepções esportivas: a eliminação na Liga dos Campeões diante do Paris Saint-Germain e a perda do título Espanhol nas últimas rodadas. Mas, no meio de tudo isso, Messi mais uma vez mostrou seu compromisso com o clube espanhol. Foi novamente o artilheiro do Espanhol (30 gols em 35 jogos) e em março se tornou o jogador que mais vestiu a camisa do Barça, superando as 767 partidas de Xavi Hernández.

A imprensa espanhol especulou no início da semana o que poderia ser incluído na renovação. Este novo contrato significaria uma prorrogação de dois anos e depois uma saída para os Estados Unidos, para o Inter de Miami, para encerrar sua carreira e continuar a representar os interesses do clube catalão no exterior. Mas a incerteza continua a corroer os torcedores do time catalão, que veem sua estrela ficar livre, enquanto é decidido se ele fica ou sai.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado