19h00 – Uma hora antes do início da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o estádio Maracanã começa a encher. A chegada do público ao principal estádio do Rio de Janeiro ainda é tímida, talvez pelo fato de haver protestos em ruas próximas ao evento.
19h10 – Dentro e nos arredores do estádio, a mistura de nações chama a atenção. O ambiente mostra que pelo menos durante um mês a língua mais falada no Rio não será apenas o português. Será inglês, espanhol, francês, holandês, enfim, um misto de cada canto do mundo.
19h20 – As cadeiras do Maracanã ganham colorido a cada minuto. As pessoas vieram vestidas de acordo com o evento, com camisas e adereços que representam o seu país. Por enquanto, a festa é embalada ao som de Jorge Ben Jor.
19h35 – Câmera do beijo no estádio foca num casal homoafetivo, o público aplaude e grita e o beijo é o mais comemorado no estádio. Isso mostra um pouco do espírito que a Olimpíada no Brasil pretende passar. União e respeito ao próximo.
19h45 – “Todo mundo aqui vai dançar”, mostra o telão e vai começar a festa. Regina Cazé começa a fazer uma apresentação, ensinando como o público interagirá com a apresentação.
Josemar Gonçalves
20h10 – Começa a abertura! Um vídeo mostrando o Rio de Janeiro, sempre visto de cima, mostra a cidade como um grande palco do esporte.
20h11 – Agora temos a primeira apresentação no palco do estádio Maracanã. Vestidos de papel laminado, os dançarinos formam ondas no ritmo do samba.
20h15 – É anunciado o Hino Nacional, com a bandeira sendo hasteada pela Polícia Ambiental do Rio de Janeiro. Quem canta é Paulinho da Viola.
20h20 – Uma nova apresentação, agora mostrando um ciclo da vida. Desde as moléculas, formas de vidas primárias, até plantas e pequenos animais. Os dançarinos de Parintins entram no palco, criando, com cabos, três ocas.
Josemar Gonçalves
20h25 – Agora os portugueses chegam ao Brasil. É o primeiro encontro com o homem branco. Rastros brancos atravessam o caminho verde, cortando a mata.
20h26 – É a vez dos escravos aparecerem, sempre desmatando a mata criada anteriormente no palco e colocando plantações no lugar. Eles andam com pesados pés de madeira, representando a força de trabalho.
20h29 – Os árabes e asiáticos também chegam na migração. Cada povo deixa uma cor no palco por onde passa, formando várias formas geométricas no palco.
20h31 – Chegamos à idade moderna. Prédios são criados em projeções 3D no palco, enquanto praticantes de Le Parkour pulam pelas construções fictícias. Depois, um novo palco aparece, com caixas que formam cidades, e os artistas agora se equilibram por elas.
20h36 – Com caixas, os artistas criam o avião 14 Bis, e Santos Dummont embarca em sua aeronave, voando para fora do Maracanã. Agora, em um vídeo, o avião sobrevoa o Rio de Janeiro.
Josemar Gonçalves
20h38 – A música tocada é Garota de Ipanema, de Tom Jobim. Quem reproduz a canção é Daniel Jobim, neto do artista. Enquanto isso, Gisele Bündchen faz o que ela mesma diz ser o seu último desfile da vida no palco do estádio.
20h40 – Saindo do samba para o pop. Cantores Ludmilla, Elza Soares, Karol Conka, Marcelo D2 e Zeca Pagodinho aparecem, mostrando as várias vertentes da música brasileira. Os dois últimos, inclusive, fazem um remix com a música Deixa a Vida Me Levar.
20h45 – “A gente está aqui hoje para buscar as nossas semelhanças e, principalmente, para celebrar as nossas diferenças”, diz Regina Cazé, apresentando Jorge Ben, cantando País Tropical.
Josemar Gonçalves
20h52 – A música acabou, mas o Maracanã inteiro seguiu cantando a canção!
20h53 – Depois de toda a festa, se começa uma séria e importante mensagem sobre o aquecimento global. Um vídeo mostra que a Groelândia, por exemplo, tem desaparecido, e que o nível do mar tem aumentado em vários pontos do mundo.
21h00 – Agora começa a entrada dos atletas olímpicos. A primeira é a Grécia, seguida pelo Afeganistão. Cada delegação é precedida de triciclo todo enfeitado com flores trazendo o nome do país.
21h02 – Albânia e Alemanha entram. Os germânicos entram cada um com uma bandeirinha de seu país, balançando e dançando com elas.
21h04 – Andorra, Angola, Antígua e Barbuda, Arábia Saudita, Argélia. Aos poucos, as delegações vão se apresentando.
21h07 – É a vez da Argentina. Como já era de se esperar, os hermanos são levemente vaiados enquanto desfilam.
21h08 – Cada delegação é acompanhada de uma criança carregando uma pequena planta, que será usada para a criação da Floresta dos Atletas. Há um espaço, também, para cada atleta plantar uma semente.
21h10 – Os australianos, que tantos problemas passaram antes da abertura, são os que entram agora nos palcos.
21h20 – A primeira falha notável ocorreu quando a delegação de Burkina Faso entrou no estádio. A bicicleta que abre alas para a delegação quebrou e a modelo teve de seguir a pé com a placa de identificação na mão. O empecilho, no entanto, não atrapalhou. Os atletas entraram sorrindo e foram saudados pelos torcedores.
21h30 – Chegou a vez da Costa Rica. Essa é a delegação de número 55. Ao todo, serão 207 países representados.
21h44 – Agora é a entrada da imensa delegação dos Estados Unidos. Diferentemente de outras Olimpíadas, eles entraram no meio do desfile e não ao final, já que a ordem alfabética foi colocada em português.
22h45 – Os atletas do Tadjiquistão estão no palco, iniciando a entrada dos países com letra T. Já estamos perto do final e, consequentemente, da entrada da delegação brasileira.
22h57 – A Zâmbia entra puxando a letra Z. Faltam apenas duas delegações para a do Brasil!
23h00 – Agora entra o Time Olímpico de Refugiados. São recebidos com muitos aplausos do público.
23h01 – Chegou o grande momento! Com Robert Scheidt como porta-bandeira, entra agora a delegação brasileira, ovacionada por todo o estádio. Eles entram ao ritmo de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. São 465 atletas representando o nosso país. É a maior delegação que já colocamos em uma Olimpíada.
23h05 – Todos os totens onde os atletas colocavam suas sementes para a Floresta dos Atletas estão sendo retirados agora e um novo palco se abre ao centro do Maracanã.
23h08 – Artistas dançaram com os totens e os coloraram ao centro. Revelando árvores dentro deles, os dançarinos os colocaram de maneira que formassem os anéis olímpicos das Olimpíadas do Rio 2016.
23h10 – Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, saúda os presentes e dá as boas vindas para o mundo inteiro. “Eu sou o homem mais feliz do mundo. Tenho muito orgulho da minha cidade, do meu país. Tenho orgulho de estar aqui passando essa mensagem para o mundo. Lembrem-se que os filhos do Brasil não foge à luta, são fortes!”
23h15 – “Acredite sempre nos seus sonhos. Esse era um sonho nosso e hoje é a realidade. Nós nunca desistimos. Essa é a força do povo. A cidade maravilhosa, em noite de gala, é o cenário perfeito. Vamos viver nosso sonho juntos. Hoje o mundo é carioca. Quando a tocha entrar neste estádio eterno, esse lendário Maracanã, vai trazer uma mensagem de paz e união. O Rio está pronto para fazer história”.
23h19 – Agora quem discursa é Thomas Bach. “Esse é o momento da cidade maravilhosa. Os primeiros jogos da América do Sul vão para o Brasil e do Brasil para o mundo todo. Todos os representantes do Brasil podem estar muito orgulhosos. Vocês conseguiram, em sete anos, algo que muitas gerações antes de vocês só podiam sonhar. A nossa admiração por vocês é ainda maior, porque vocês conseguiram isso em uma época muito difícil para o Brasil. Nós sempre acreditamos em vocês”.
23h22 – “Estamos vivendo num mundo de crises e incertezas. Essa é nossa resposta olímpica. Os dez mil melhores atletas do mundo competindo entre eles, mas ao mesmo tempo vivendo em paz, compartilhando refeições e emoções. Nesse mundo olímpico, somos todos iguais”.
23h25 – Uma homenagem é feita a Kipchoge Keino, presidente do comitê olímpico do Quênia e ex-atleta olímpico.
23h27 – Está aberto oficialmente os Jogos Olímpicos Rio 2016!
