Brasileiro vence em Ronse, na Bélgica, e soma o terceiro título mundial na prova de resistência; Vitória Barbosa também fez bonito e conquistou a prata na classe C1
O domingo foi histórico para o paraciclismo brasileiro. Em uma atuação estratégica e determinada, Lauro Chaman garantiu o título da prova de resistência da classe MC5 no Campeonato Mundial de Paraciclismo de Estrada 2025, em Ronse, na Bélgica.
Atento a cada movimento do pelotão, o brasileiro manteve-se sempre bem colocado durante as seis voltas do percurso e, no trecho final decisivo, conseguiu se destacar em uma fuga com outros dois adversários. Na chegada, mostrou sua força para vencer o ucraniano Yehor Dementyev e o francês Eliott Pierre, conquistando a medalha de ouro e confirmando o tricampeonato mundial.
Lauro, que já havia sido campeão em 2017, na África do Sul, e em 2021, em Portugal, ressaltou a importância de estar atento durante toda a prova. “Foi uma corrida perfeita do ponto de vista tático. Mantive a concentração o tempo todo e soube escolher o momento certo para atacar. Representar o Brasil com mais um título mundial é algo que me enche de orgulho e emoção. Só tenho a agradecer a todos que fazem parte desse processo”, afirmou Chaman após a conquista.
O Brasil também teve motivo para comemorar no feminino. Victória Barbosa brilhou na prova da classe WC1 e cruzou a linha de chegada na segunda colocação, assegurando a medalha de prata. A medalha de ouro ficou com a australiana Tahlia Clayton-Goodie, em uma disputa marcada pela garra e determinação da brasileira até o final. Victória também ganhou prata no contrarrelógio.
Com esses resultados, o Brasil encerra sua participação em Ronse reafirmando seu protagonismo no cenário internacional. Além de Lauro Chaman e Victória Barbosa, o Mundial também teve destaque para Gilmara Sol do Rosário, que conquistou duas medalhas na classe WH2, senso um bronze no contrarrelógio e um bronze na resistência.
O saldo reforça a regularidade e evolução da Seleção Brasileira de Paraciclismo através do trabalho realizado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e o potencial da equipe em um ciclo que mira os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028.
