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Futebol

Hypolito fala de redenção e Nory afirma “tudo ou nada” na grande final

Arquivo Geral

14/08/2016 15h55

Josemar Gonçalves

A ginástica brasileira fez história na tarde deste domingo. Diego Hypolito e Arthur Mariano Nory foram prata e bronze, respectivamente, e conquistaram as primeiras medalhas do Brasil na história da prova de solo em Jogos Olímpicos.

Bicampeão mundial em 2005 e 2007, Diego Hypolito fez história e conquistou sua redenção olímpica na tarde deste domingo. “Na primeira Olimpíada cai de bunda. Na segunda, cai de cara. Nessa cai de pé. Quando eu era muito pior em termos de ginástica, consegui ser vice-campeão olímpico. Isso mostra que todos podemos conseguir”, afirmou o ginasta ao fim de sua prova ao SporTV.

Muito emocionado, Hypolito foi muito enfático em seus agradecimentos e mensagens de superação. “Eu quero falar que se eu consegui essa medalha foi porque muitos acreditaram em mim. Nosso povo é muito carente de ídolos. Espero dar muita esperança para muitas pessoas. Essa medalha não é só minha, é de vocês”, acrescentou.

“Povo brasileiro, esse resultado é de vocês. Nunca deixem dizer até onde vai o sonho de vocês. Se trabalharmos, temos possibilidade de chegar a um resultado que sonhamos. Obrigado Marcos Groto (técnico), Sandra – minha psicóloga – e todos que contribuíram nesse resultado”, pontuou Diego.

Nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e Londres 2012, Diego era considerado o franco favorito da prova de solo, mas duas quedas, a primeira na final e a segunda ainda na fase de classificação, tiraram as chances de medalha do brasileiro.

“Poucas pessoas sabem. Começamos [minha família] de raízes muito humildades. Para chegar até aqui, quebramos muitas barreiras. Para todos que acham que não dá, seja onde for, lutem pelo sonho de vocês, que é possível. Hoje, eu tenho tanto amor por isso, que não sei explicar, não estou acreditando que consegui essa medalha”, completou o atleta, que viu a irmã, Daniele Hypolito, também chorando muito na tribuna de comentaristas.

Estreante em Jogos Olímpicos, Arthur Nory havia terminado a classificação em nono e não iria para a final, mas a lesão de um adversário permitiu sua participação. “Eu vim batendo na trave a um tempo, sempre quarto lugar. Falei que hoje não ia ser. Falei para dificultarmos a série, ele abraçou a ideia, confiou em mim e deu certo. Eu falei que vim para ser protagonista, não só para passar”, comentou o ginasta também ao SporTV.

“Passa um filme na cabeça. Nunca deixei de sonhar e acreditar que isso ia acontecer. Estou muito realizado, muito grato. Muita coisa passou, muito aconteceu durante todo o meu tempo de ginastica. Mas eu me apoiei em pessoas que acreditam em mim, lutaram comigo, me conhecem, ajudaram a superar qualquer obstáculo”, acrescentou Nory.

O ginasta também agradeceu à presença da torcida, que apoiou até o final os representantes do solo. “Estou muito feliz. Grato a minha família e aos torcedores. Nunca desista do sonho e acredite até o final que você pode chegar lá”, completou.

A prata de Diego e o bronze de Nory foram as primeiras medalhas do Brasil na história da prova de solo dos Jogos Olímpicos. Antes da dobradinha, a única medalha brasileira no esporte havia sido o ouro de Arthur Zanetti nas argolas em Londres.

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