Eric Zambon
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A combinação de resultados da rodada dupla desta terça-feira (9), no Mané Garrincha, fez com que a seleção feminina dos EUA enfrente a Suécia em Brasília, na próxima sexta (12). A presença das líderes do ranking da FIFA e atuais campeãs mundiais na capital, pelas quartas-de-final do torneio de futebol, pode alavancar a procura de ingressos e garantir mais público ao estádio.
Apesar de ter tido casa cheia nos dois jogos da Seleção masculina na última semana – a capacidade máxima é de quase 80 mil pessoas -, a arena recebeu menos de oito mil espectadores para as partidas das mulheres na terça. Isso motivou o comitê Rio 2016 a distribuir convites para escolas e projetos de assistência social a fim de preencher os vazios no anel inferior do Mané.
A presença da goleira Hope Solo, grande nome da seleção norte-americana e protagonista de polêmica por uma postagem nas redes sociais sobre o zika vírus, certamente é um atrativo. Para o público brasiliense, porém, que já presenciou quatro partidas sem gols dentre seis disputadas até o momento, a promessa de rede balançando é ainda mais interessante.
As mulheres dos EUA já marcaram cinco vezes em três jogos, mesma quantidade de gols que a defesa sueca tomou na primeira fase, todos na goleada por 5 a 1 sofrida para o Brasil. A meio-campista Carli Lloyd é a artilheira norte-americana, tendo ido às redes duas vezes, mas a atacante Alex Morgan, autora de um tento na competição, é a grande esperança ofensiva do time.
Para a Suécia, a esperança é que a atacante Lotta Schelin esteja em dia inspirado e que Hope Solo repita a atuação desastrosa desta terça diante da Colômbia, quando ela falhou duas vezes e concedeu dois gols às sul-americanas.
Machucado
No último jogo de terça, entre China e Suécia, a falta de jogadas ofensivas e os sucessivos erros de passes de ambos os times levaram os torcedores a se concentrarem nos gandulas da partida. Toda vez que um deles fazia uma corrida mais longa para recuperar a bola, era ovacionado e aplaudido, especialmente por aqueles mais próximos ao campo. Não à toa, o placar terminou em 0 a 0, para irritação dos presentes.
O técnico da China, o francês Bruno Bini, chegou a falar sobre a reação do público na coletiva de imprensa pós-jogo. “Queria que tivessem gostado”, admitiu. Ele lembrou que as atletas estavam desgastadas pela viagem do Rio a Brasília um dia antes do confronto e ainda citou o fato de o empate beneficiar as duas equipes. “Todas se esforçaram em defender nossa chance de qualificação e a honra da China”, respondeu.
A técnica da Suécia, Pia Sundhage, também atribuiu a qualidade da partida aos fatores externos referentes a cansaço e regulamento. “Quando entramos em campo sempre queremos vencer, mas é claro que quando olhamos para o relógio e vimos que faltava cinco minutos, tentamos manter o resultado”, explicou.
A China, que terminou como segunda colocada no Grupo E, cujo líder foi o Brasil, enfrentará a Alemanha nas quartas-de-final. As mulheres brasileiras, por sinal, terão revanche contra a Austrália, algoz da última Copa do Mundo feminina, disputada em 2015 no Canadá. A últimas anfitriões do Mundial terão a França pela frente.
O confronto entre EUA e Suécia, na sexta (12) no Mané Garrincha será o penúltimo evento olímpico em Brasília nesta edição. A despedida dos Jogos da capital será no dia seguinte, com um confronto ainda não definido pelas quartas-de-final do torneio de futebol masculino.