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Torcida

Estreia esportiva do Arena BSB

Ao JBr, diretor-presidente do consórcio, Richard Dubois, falou sobre desafios como Flamengo x Athletico-PR pela Supercopa do Brasil, segurança e infraestrutura

Pedro Marra

13/02/2020 0h20

A final da Supercopa do Brasil entre Flamengo x Athletico-PR ocorre neste domingo (16) no Estádio Nacional Mané Garrincha. E este será o primeiro evento esportivo da arena com a nova administração do consórcio Arena BSB. O diretor-presidente que irá gerir a arena, Richard Dubois, deu entrevista ao Jornal de Brasília para falar sobre as mudanças de infraestrutura, possível mudança para o campo sintético, sistema de segurança e outros assuntos da gestão, que assinou contrato para gerir o estádio pelos próximos 35 anos.

Os torcedores que forem assistir a Supercopa do Brasil já poderão ver novidades no estádio. Segundo Richard, as pessoas vão poder conferir “toda a identificação externa dos portões está ficando mais claro. A nomenclatura interna do estádio está sendo trocada para facilitar a orientação do público. Outra grande diferença que o público vai perceber é no assento. Todos eles estarão numerados para os jogos daqui para frente. A nossa obrigação é numerar as cadeiras”, conta o diretor-presidente do Arena BSB.

A infraestrutura do Mané Garrincha é um dos principais pontos criticados por Richard na recuperação que tem feito no estádio. Ele conta que iniciou a restauração para ter banheiros mais limpos e sistemas de automação melhores. “Dos oito parafusos que seguravam o painel norte, havia apenas um segurando. Estamos até colocando uma amarra de emergência. Os bares também estão sendo recuperados, e os vidros quebrados estão sendo trocados. O sistema de incêndio e água quente, pedido pela CBF, (porque jogadores da Seleção Brasileira tomaram banho com água fria após amistoso contra o Catar ano passado), já está funcionando. Para o jogo de domingo, teremos todos os alvarás. Temos o laudo dos Bombeiros, e também o sanitário, que chegou hoje (ontem) de manhã”, relata Richard Dubois.

O sistema de câmeras de segurança é outra mudança em andamento. “Na última contagem, faltava só 20 câmeras que não funcionavam. Das 480, a previsão é de que teremos quase todas funcionando para o jogo. Atualmente, temos mais de 200 em funcionamento. As câmeras internas e externas com capacidade de reconhecimento das pessoas já estão funcionando”, adianta.

Ainda sobre o assunto da segurança no Mané, o diretor-presidente do Arena BSB explica que uma persona non-grata que tentar entrar no estádio para assistir a algum evento esportivo, será impedida devido ao sistema de identificação do estádio. “Quem fizer bagunça, não volta. A gente vai estar com a Polícia Militar do DF (PMDF) mais a segurança privada. O nosso estádio não será palco de briga. Se tiver, vamos intervir. O torcedor que vier para brigar aqui, virá uma vez só. Pode ser chefe de torcida, seja quem for. A liberdade de um não é maior que a liberdade de outro. Quem comprar ingresso aqui, é para festejar. Isso também vale para bebida alcóolica também. Para quem quiser tomar uma cerveja durante o jogo, aproveita, mas quem exagerar, vai cair na mesma regra do baderneiro”, diz Richard.

Gramado sintético

Dubois adianta que pretende trocar o campo com grama natural para sintetica até o ano que vem. “Já tem um pedaço do campo que está com grama sintética. As mudanças serão lentas, graduais e inexoráveis. O gramado é esse caso. Eu instalo o sintético num lugar fora da área de jogo, e vou testar como ele reage ao sol, à poeira de Brasília, à máquinas, à shows. O primeiro teste foi muito bom (no show do, no último dia ), porque o palco foi montado em cima do sintético. Quando tirou, estava muito bom no sintético, mas na grama natural sofreu e está recuperando, mas tem um custo. Quem tem talento, não quer que o morrinho artilheiro faça diferença. Para ter um gramado de qualidade tem um custo. De ponto de vista econômico, o gramado sintético é muito melhor. Espero dentro de um ano ou dois, migrar para o sintético e permitir a troca de evento de futebol para shows muito mais prático. A própria montagem fica mais fácil”, analisa o diretor-presidente do Arena BSB.

Richard explica que o nome do estádio poderá ter uma pequena adaptação com uso de naming rights, que é quando uma empresa ocupa o direito de divulgar a sua marca no nome oficial do empreendimento. “Não vamos mudar o nome do estádio, apenas usar o naming rights no estádio. Envolve um pacote de patrocínio e publicidade dentro de uma atividade comercial. Haverá apenas uma marca que predominará sobre as demais”, esclarece sobre a possibilidade.

Em 3 de setembro deste ano, o estádio receberá Brasil x Venezuela pelas eliminatórias da Copa do Mundo do Catar de 2022, mas o desejo era trazer um clássico pelo torneio classificatório para o mundial. “O jogo que eu queria trazer para cá seria Brasil contra Argentina, mas a data já estava comprometida com um show aqui, que está sob sigilo. Como já estavam assinadas as datas que mandamos para a CBF, não houve a possibilidade de trazer o jogo para cá. Mas a corporação já nos atendeu com atenção nessa partida da Supercopa, que, para eles, é um jogo de suma importância”, comenta Richard.

Shows em 2020

O diretor-presidente do Arena BSB adiantou que, neste ano, a arena irá receber shows para atender a todos os gostos. “Teremos de eventos religiosos, futebol e todos os tipos de música. Se tivermos só um, o público enjoa. O sertanejo é o que predomina, mas queremos dar espaço para todas os outros estilos musicais. Serão três internacionais grandes; quatro turnês sertanejas diferentes – Villa Mix, Buteco do Gusttavo Lima, Festeja e Amigos –, sendo aqui dentro do estádio ou no estacionamento. Muitas festas de gramado, que movimenta muito a cidade. E o futebol que, fora Seleção Brasileira que já está resolvida, o calendário do Brasileirão não saiu ainda, então não dá para saber quais jogos vamos receber”, afirma.

Estacionamento

Segundo o consórcio, o estacionamento irá cobrar de condutores a partir de 7h, com preço será único para 12 horas de permanência. Na partida da Supercopa do Brasil, a medida já valerá, mas com um valor diferente devido à demanda da CBF, organizadora do evento.

“Parte da equação econômica é o estacionamento privado. Queremos dar conforto e segurança. Estamos fazendo a troca das lâmpadas e colocando iluminação de LED, para ficar mais claro, seguro e organizado. Quem quiser continuar em estacionamentos públicos, teremos diversos bolsões e uma entrada especial para pedestres. Também haverá outra entrada para os transportes por aplicativo. Queremos democratizar o acesso. No jogo de domingo, o valor será de R$ 25”, comunica Dubois.

Esporte local

Quando perguntado sobre a relação com o esporte local, Richard Dubois conta que espera cuidar do gramado para receber jogos do Candangão no Mané Garrincha. “Temos uma relação muito boa com a Federação de Futebol do DF (FFDF). Até para esse jogo da Supercopa do Brasil, quem detalhou conosco boa parte da costura foi a federação. E temos todo o interesse de ter o Candangão aqui. Fizemos um protocolo de operação enxuto para trazer o campeonato, e só não o colocamos aqui ainda por conta da condição do gramado, que estava muito ruim. Queremos ter os jogos de Candangão aqui”, garante.

Vale lembrar que, anteriormente, o espaço era administrado pela Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap).

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