O jogador Daniel Alves, em prisão preventiva há quase três meses, voltou a depor, nesta segunda (17), a pedido da juíza que investiga o suposto estupro denunciado por uma mulher em Barcelona.
O ex-capitão da Seleção deixou rapidamente a prisão, onde está detido desde 20 de janeiro, para prestar um depoimento de quase meia hora à juíza instrutora da causa aberta por um suposto crime de agressão sexual, que no código penal espanhol inclui o estupro.
Durante o seu comparecimento, solicitado pelo próprio jogador, Daniel Alves afirmou mais uma vez que as relações sexuais foram consentidas, de acordo com fontes judiciais.
Foi a segunda vez que o atleta, de 39 anos, depôs sobre o ocorrido no banheiro de uma boate de Barcelona no final de dezembro.
A anterior foi no dia de sua prisão, quando a juíza decidiu colocá-lo em prisão preventiva pelo, entre outros, elevado risco de fuga e o fato de que o Brasil não tende a extraditar seus cidadãos.
A defesa do jogador interpôs depois um recurso para solicitar sua libertação na Audiência de Barcelona, mas o tribunal decidiu manter sua prisão preventiva em fevereiro à espera do julgamento.
Após sua nova declaração, a defesa do esportista estaria preparando outro recurso para solicitar novamente sua libertação, de acordo com a imprensa local.
Em 2 de janeiro, uma jovem denunciou que o ex-jogador do São Paulo a havia estuprado no banheiro da área vip de uma boate de Barcelona no final de dezembro. Daniel Alves, que inicialmente negou conhecê-la, mudou várias vezes sua versão, mas acabou admitindo que teve relações consensuais com a mulher.
Jogador mais vencedor da história, com 43 títulos, Daniel Alves viveu a fase mais gloriosa de sua carreira no Barcelona entre 2008 e 2016, quando junto de nomes como Lionel Messi, Xavi Hernández e Andrés Iniesta conquistou 23 títulos, entre eles três Ligas dos Campeões, seis Campeonatos Espanhóis e quatro Copas do Rei.
No Catar, se tornou o jogador brasileiro mais velho a ser escalado em uma Copa do Mundo.
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