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Torcida

Copa do Mundo: torneio começa no dia 20 de novembro

Também pela primeira vez a Copa será realizada no final do ano, devido às temperaturas escaldantes na península árabe

Redação Jornal de Brasília

21/10/2022 21h20

Por Henrique Sucena
Agência de Notícias do CEUB/Jornal de Brasília

A Copa do Mundo acontece no Catar do dia 20 de novembro até o dia 18 de Dezembro deste ano. O torneio terá 32 equipes, com 13 representantes europeus, oito americanos, cinco africanos, cinco asiáticos e a Austrália.


Esta será a primeira vez na história que o torneio ocorrerá no Oriente Médio. Também pela primeira vez a Copa será realizada no final do ano, devido às temperaturas escaldantes na península árabe nos meses de junho e julho.


A Copa do Catar será a 22ª edição da maior competição internacional do esporte e o Brasil se mantém como única equipe a ter participado de todas.

O estádio de Lusail será o palco da final – Foto: Wikimedia Commons

Os estádios

O Catar traz consigo grandes novidades em relação aos estádios. Dos oito que serão sede do torneio, sete foram construídos do zero, com apenas o Estádio Internacional Khalifa, casa da seleção árabe desde 1976, tendo passado apenas por reformas. Para combater a forte temperatura no país, mesmo no inverno, os oito estádios serão equipados com potentes unidades de ar-condicionado.

Uma das grandes inovações vem da cidade de Lusail, que foi construída na última década visando sediar a competição. O moderno Estádio de Lusail comporta 80 mil espectadores e será palco da grande final em dezembro. O estádio também receberá duas partidas da Seleção na fase de grupos: os jogos contra Sérvia e Camarões.


Outra arena inovadora é o Estádio 974 na capital, Doha, que receberá a partida da Seleção Brasileira contra a Suíça. A estrutura do estádio, como diz no nome, foi construída com 974 containers reciclados de navios em homenagem à tradição industrial do porto da cidade. Após o campeonato o estádio será desmontado e seus containers doados para outros países.


Com o intuito de permitir que os torcedores assistam mais de uma partida no mesmo dia, a maior parte dos estádios se localiza na região urbana de Doha, integrada com as cidades de Al-Rayyan, Lusail e Al-Wakrah. A maior distância entre duas sedes é de aproximadamente 57 km entre o Estádio Al-Janoub, em Al-Wakrah, e o Estádio Al-Bayt, em Al-Khor.

Brasil reencontra Suíça, Sérvia e Camarões no Grupo G – Foto: Lucas Figueiredo

Os grupos

As 32 equipes se dividem em oito grupos de quatro países. O grupo A terá o país-sede fazendo sua estreia em Copas.

O Grupo A é encabeçado pelo próprio Catar, que será o único time que fará sua estreia em Copas este ano. Com pouca tradição, os catarianos terão que se esforçar bastante para classificar.

Os favoritos do grupo são os holandeses, que após ficarem de fora em 2018 tentam buscar seu primeiro título em Lusail. Equador e Senegal devem brigar pela segunda vaga, com os atuais campeões africanos.


As equipes do Grupo B chegam todas ao Catar em má fase. Apesar do recente rebaixamento na Liga das Nações europeia, a Inglaterra de Harry Kane é a grande favorita para conquistar o primeiro lugar. Os Galeses vem motivados para sua primeira Copa do Mundo desde 1958 e devem brigar pelo segundo lugar contra Estados Unidos e Irã, mas podem surpreender.


Os favoritos no Grupo C são os argentinos. Empolgados pelo título da Copa América e comandados por Lionel Messi, a torcida alviceleste promete uma invasão aos estádios árabes. Os mexicanos buscam chegar às oitavas de final pela oitava vez seguida, mas terão pela frente um difícil confronto contra a Polônia do atacante Robert Lewandowski. Os Sauditas correm por fora mas vão ao seu país vizinho buscando surpreender seus adversários.


Encabeça o Grupo D a França, atual campeã do mundo. Os franceses contam com o talento de Karim Benzema e Kylian Mbappé no ataque para buscar seu terceiro título.

A Dinamarca tenta se aproveitar do clima ruim francês para buscar o primeiro lugar no grupo. Para se classificarem, Tunísia e Austrália terão que torcer para que a França repita os vexames da Itália em 2010, a Espanha em 2014 e a Alemanha em 2018, caindo na fase de grupos como atuais campeões.


O Grupo E traz talvez o confronto mais esperado da fase de grupos entre alemães e espanhóis. O confronto europeu será o único nos grupos entre dois campeões mundiais.

O Japão vai ao Catar buscando surpreender os gigantes europeus para repetir 2018 e novamente chegar entre os 16 melhores. A Costa Rica corre por fora, mas sonha em repetir a campanha milagrosa no Brasil em 2014, quando derrubaram Itália e Inglaterra.


Os favoritos no Grupo F são os carrascos brasileiros de 2018. Os belgas buscam aproveitar de sua geração dourada para conquistar seu primeiro título.

A Croácia, vice-campeã em 2018, promete incomodar os belgas tentando repetir o que fizeram na Rússia. Marrocos e Canadá, que volta a uma Copa do Mundo após 36 anos, trazem jovens talentos e devem dificultar a vida dos europeus.


A Seleção Brasileira chega como favorita no Grupo G para enfrentar velhos conhecidos. Os pentacampeões vão enfrentar Suíça e Sérvia novamente, assim como há quatro anos atrás. Na ocasião, os brasileiros empataram com a Suíça em 1-1 em Rostov e venceram os sérvios por 2-0 em Moscou. O outro adversário é Camarões, que a Seleção derrotou por 4-1 em Brasília em 2014.


Os grandes nomes do Grupo H são os portugueses, que tentam, no que deve ser a última Copa de Cristiano Ronaldo, conquistar pela primeira vez o título. Os seus grandes adversários devem ser o Uruguai, que repetiram a famosa batalha de 2010 contra Gana buscando a classificação. A Coréia do Sul tentará contar com a grande fase de seu astro, Heung-min Son, para surpreender portugueses e uruguaios como fizeram com a Alemanha na Rússia.

Polêmicas

A decisão da FIFA de sediar o torneio na Península Árabe foi criticada. O calor excessivo, leis rigorosas e acusações de desrespeito aos direitos humanos nas construções dos estádios foram os principais pontos de reclamação.


O Catar segue por tradição as leis Sharia islâmica e sua interpretação no país decreta que atos como demonstrações de afeto entre pessoas do mesmo gênero e consumo de bebidas alcoólicas em público sejam considerados crime.

Torcedores ao redor do mundo criticaram regras como essas, que deverão ser respeitadas pelos turistas. Muitos protestos foram feitos inclusive por seleções que disputam o torneio em relação à homofobia, com os capitães de países como Inglaterra e Alemanha decidindo utilizar braçadeiras com as cores do arco-íris.


Mas as maiores controvérsias em relação à organização da competição vêm das acusações de trabalho análogo à escravidão na construção dos estádios.


Veículos de mídia estrangeiros como o The Guardian e a BBC relatam que diversos trabalhadores imigrantes deixaram de receber comida, água ou seus salários diversas vezes e que cerca de 6500 desses trabalhadores em condições de escravidão teriam falecido durante as obras.

Seleção chega empolgada após vitórias recentes – Foto: Lucas Figueiredo

Uma derrota em 4 anos


A Seleção Brasileira chega ao Catar como uma das favoritas para o título da competição. Após uma campanha nas eliminatórias com 14 vitórias e nenhuma derrota em 17 jogos, a equipe de Tite tem a esperança de levantar a sexta taça na final, em Lusail, no dia 18 de dezembro

Desde a derrota para a Bélgica, em Kazan, há quatro anos, a Seleção perdeu apenas uma partida, contra a Argentina, na final da Copa América, em pleno Maracanã.

Hoje os destaques são Raphinha, Vinícius Jr, Antony e outros jogadores de ataque.

Até o momento, o único desfalque confirmado na Seleção é o lateral Guilherme Arana, mas Tite diz confiar na força de seu elenco para suprir qualquer jogador que venha a se tornar desfalque no próximo mês.

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