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Cartão Vermelho para o Racismo: Campanha marca presença no clássico Vasco x Botafogo, neste sábado (12)

Campanha promovida pela Sejus-DF e CBF reforça combate à discriminação racial com ações simbólicas e educativas dentro e fora dos estádios

Redação Jornal de Brasília

10/07/2025 17h41

Foto: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Foto: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Brasília recebe neste sábado (12) mais uma edição da campanha Cartão Vermelho para o Racismo, que retorna aos gramados durante o clássico entre Vasco e Botafogo, às 18h30, na Arena BRB Mané Garrincha, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mobiliza atletas, torcedores e autoridades no enfrentamento à discriminação racial no esporte.

Com o lema “Não é só falta grave. É cartão vermelho para o racismo”, a ação prevê um momento simbólico antes do apito inicial: os jogadores dos dois times entrarão em campo com uma faixa da campanha, enquanto o público será convidado a erguer cartões vermelhos — distribuídos gratuitamente na entrada do estádio — em um gesto coletivo de repúdio ao racismo.

Para a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, o futebol é um ambiente estratégico para promover valores de respeito e inclusão. “Escolher um clássico para essa ação é estratégico. O futebol é a grande paixão do Brasil e deve ser um espaço de respeito, inclusão e transformação social”, afirmou.

A escolha da data também carrega um simbolismo histórico: o jogo ocorre poucos dias após 3 de julho, quando se completaram 74 anos da aprovação da Lei Afonso Arinos, o primeiro marco legal brasileiro contra a discriminação racial. A campanha reforça que o combate ao racismo exige vigilância constante e ações concretas em todas as esferas sociais.

Formação e conscientização para além das arquibancadas

Além das ações nos estádios, a campanha investe em formação continuada e letramento racial como instrumentos para enfrentar o racismo estrutural. Um dos pilares da iniciativa é a plataforma online de capacitação, voltada para jogadores, comissões técnicas, árbitros, dirigentes e demais profissionais do futebol.

“Não basta repudiar o racismo de forma simbólica. É preciso compreender suas raízes históricas e como ele se manifesta de forma estrutural na sociedade”, destaca Juvenal Araújo, subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial da Sejus-DF. “O letramento racial é uma ferramenta essencial para promover uma mudança real e duradoura no futebol e em outros espaços.”

A campanha faz parte da Política Distrital de Prevenção e Combate ao Racismo nos Estádios, instituída pela Lei nº 7.284/2023, conhecida como Lei Vinícius Júnior, sancionada pelo Governo do DF.

Histórico de mobilizações

Desde maio, a campanha Cartão Vermelho para o Racismo esteve presente em três partidas no Mané Garrincha, todas organizadas pela CBF: Vasco x Palmeiras (4/5), Aparecidense x Fluminense (11/5) e Capital x Botafogo (17/5), com apoio da Federação Brasiliense de Futebol (FBF). Em todas, a presença de faixas no campo e a distribuição de cartões vermelhos envolveram o público e os atletas em um gesto unificado contra o preconceito.

A iniciativa também alcançou as categorias de base, com ações educativas realizadas durante as finais do Campeonato Candango Sub-11 e Sub-13, em parceria com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). No último dia 21 de junho, a campanha cruzou os limites do DF e marcou presença no clássico Remo x Paysandu, no Estádio Mangueirão, em Belém (PA), durante a Série B do Brasileirão.

Com cada nova edição, a campanha amplia seu alcance e fortalece a mensagem de que o futebol pode — e deve — ser um campo de transformação social.

Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)

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