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Brasil chega à Copa do Mundo do Catar com sistema defensivo consolidado

Números comprovam que o Brasil é um time que toma poucos gols, e muito em função de um sistema defensivo entrosado

Redação Jornal de Brasília

19/11/2022 8h02

Muito se fala na formação ofensiva da seleção brasileira que irá atrás do hexacampeonato no Catar, mas é também pela defesa que passa o fim de uma espera de 20 anos sem um título de Copa do Mundo. E, com Tite, o Brasil tem retrospecto promissor. Desde que o treinador assumiu, há mais de seis anos, em média o time tem sofrido um gol a cada três jogos. Fruto de um trabalho consistente e de um grupo de jogadores de defesa consolidado.

O retrospecto defensivo com o treinador foi ainda melhor em seus dois primeiros anos à frente da equipe. Entre agosto de 2016, quando Tite assumiu, e junho de 2018, quando se iniciou a Copa da Rússia, a seleção fez 21 partidas e viu seu gol ser vazado apenas cinco vezes – média de um gol a cada quatro jogos.

Ao todo, com Tite no comando, o Brasil realizou 76 partidas até a estreia na Copa do Mundo do Catar, diante da Sérvia, no dia 24. E, nessa sequência, foram apenas 27 gols sofridos. O problema é que três deles foram decisivos: os dois diante da Bélgica, nas quartas de final do Mundial da Rússia, e aquele que Di Maria marcou para dar o título para a Argentina na Copa América do ano passado.

Ainda assim, os números comprovam que o Brasil é um time que toma poucos gols, e muito em função de um sistema defensivo entrosado. Do gol às laterais, passando pela zaga e os primeiros volantes, o time se alterou pouco nos últimos anos – e isso que o Estadão mostrou que cerca de 60% do grupo que está no Catar é diferente daquele que esteve na Rússia.

MESMOS NOMES

No papel, até houve a demonstração de uma busca por novas opções defensivas, em especial na zaga. Só que o retorno dado pelos escolhidos foi tão satisfatório à comissão técnica que muitos acabaram tendo poucas chances. É o caso de Bremer, que está no Catar mesmo tendo sido chamado apenas uma vez antes da convocação final.

“O Bremer teve a condição porque a carreira dele e seu desempenho em alto nível no Torino e na Juventus o chancelaram. Talvez nós não tenhamos olhado para ele com a devida atenção já antes. Ele se mostrou, quando veio aqui, com uma segurança impressionante, de um atleta de alto nível”, admitiu Tite no dia em que anunciou os 26 convocados.

O zagueiro da Juventus teve pouco espaço até então porque a zaga é um dos setores menos afeitos à mudanças com a comissão técnica atual. Marquinhos e Thiago Silva, por exemplo, chegaram a ocupar o banco de reservas em algumas oportunidades – e o defensor do Chelsea hoje é reserva -, mas estão no grupo da atual comissão técnica desde sempre. E Eder Militão ganhou sua vaga no atual ciclo.

A disputa foi ainda mais inglória no gol, posição em que Alisson é titular desde que Tite assumiu. Não bastasse isso, ele tem seus reservas cativos, Ederson e Weverton. Quem foi chamado no meio do caminho foi por mera eventualidade.

Nas alas, Alex Sandro ganhou a vaga na esquerda depois da Copa de 2018, e na direita Daniel Alves é figura carimbada. Há ainda Danilo, o preferido do treinador no atual ciclo. Quem completa o núcleo duro defensivo da seleção é o volante Casemiro, titular desde os primeiros anos de Tite.

Estadão Conteúdo

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