Menu
Futebol

Apoio de técnico e torcida foram fundamentais para medalha, diz Mayra Aguiar

Arquivo Geral

12/08/2016 6h50

Atualizada 11/08/2016 20h00

Josemar Gonçalves

Roberto Wagner
Enviado especial do Jornal de Brasília

Um abraço apertado em Antônio Carlos Pereira, o Kiko, estendido aos companheiros de treino de Sogipa foi uma das primeiras reações da gaúcha Mayra Aguiar ao conquistar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Na Arena Carioca 1, ela precisou passar por praticamente as mesmas sensações que havia sido colocado à prova quatro anos antes, nos Jogos de Londres. Ao cair na semifinal para a francesa Audrey Tcheumeo, Mayra teve pouquíssimo tempo para se reerguer – cerca de 15 minutos -, antes de entrar novamente no tatame e buscar a medalha.

A situação ocorreu também em Londres, quando ela contou com a ajuda de Aurélio Miguel para se recompor a tempo de lutar e vencer. Ontem, a brasileira teve apoio ainda mais íntimo para superar a queda na semi. “A minha sensei Rosicléia falou comigo, mas o Kiko saiu lá de onde ele estava e veio correndo para falar comigo. Ele disse: ‘tu é melhor, agora é outra competição e esse é o teu ouro, não sai daqui sem ele’. E aquilo me deu forças”, descreveu Mayra. O técnico Kiko a acompanha desde os 11 anos. “Lembrou muito (Londres). Perdi a semifinal e aquilo transformou a minha vida. Coloquei na minha cabeça que valia a pena e valeu mesmo.”

Agora única mulher brasileira a ter duas medalhas em Olimpíada, Mayra, que tem apenas 25 anos, lembrou de uma força menos íntima, mas tão eficiente quanto: “Essa é a Olimpíada do Brasil. Essa energia, isso aqui foi mágico. Já tinha conquistado em Londres, mas essa aqui vai ficar marcada para sempre na minha vida. O público me ajudou muito.”

A norte-americana Kayla Harrison se tornou bicampeã olímpica nesta categoria – até 78kg – ao vencer a francesa Audrey Tcheumeo.

Mayra chegou à disputa do bronze após uma trajetória quase perfeita. Na primeira luta, ela bateu a australiana Miranda Giambelli por ippon. Logo depois, despachou a alemã Luise Malzahn por uma punição de diferença, antes de cair para a francesa Audrey Tcheumeo, também por causa de um shido (punição).

Foi então que pegou a experiente atleta cubana Yallenis Castillos e conquistou sua segunda medalha olímpica.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado