Roberto Wagner
Enviado especial ao Rio de Janeiro
Um dia antes, o Brasil havia sofrido uma frustração, na mesma Arena Copacabana. Ágatha e Bárbara ficaram com a medalha de prata e a pressão por um ouro no vôlei de praia ficou toda em cima de Alison e Bruno Schmidt. E eles não deram a mínima para isso. Com o brasiliense Bruno numa noite inspirada, a dupla da casa bateu os italianos Nicolai e Lupo por 2 sets a 0 e fez história.
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A vitória de Alison e Bruno foi ainda mais valorizada com a formação do pódio. Isso porque ao lado deles estavam duas duplas que eles venceram. Além dos italianos com a prata, o bronze foi para os holandeses Meeuwsen e Brouwer, derrotados nas semifinais pelos brasileiros. Ontem, os holandeses bateram os russos Krasilnikov e Semenov por 2 sets a 0.
Com a medalha dourada conquistada, o Brasil alcançou no Rio de Janeiro seu melhor rendimento em Jogos Olímpicos. Agora, são cinco ouros, cinco pratas e cinco bronzes – o desempenho é superior ao de Atenas, quando chegou a cinco ouros, duas pratas e três bronzes.
O título de Alison e Bruno fecha com chave de ouro as atividades na Arena Copacabana. Montada para receber 12 mil pessoas, a quadra estava com casa cheia e o grito de “é campeão” ecoou na arquibancada.
A comemoração, inclusive, fez a arquibancada tremer. Nesse momento, até a dupla brasileira estava vibrando nas cadeiras.
Chuva
A quinta medalha de ouro foi conquista embaixo de chuva. A água, no entanto, não atrapalhou o desempenho do time brasileiro. Nas parciais de 21/19 e 21/17, Bruno fez suas mágicas ao defender bolas complicadas, além de um belo ponto marcado de manchete, ainda no primeiro set.
Melhor bloqueador do mundo, Alison recorreu exatamente a esse recurso para se reerguer no jogo, num momento complicado.