Entrelinhas
Por Olavo David Neto e Petronilo Oliveira
[email protected]
Após muito tempo
Após 38 anos, o Flamengo volta a jogar o Mundial de Clubes, no Catar, diante do Al-Hilal, clube de Riyadh, cidade da Arábia Saudita, amanhã (17), às 14h30 (horário de Brasília). No sábado passado (14), os rivais do rubro-negro carioca derrotaram o Espérance, da Tunísia, por 1 x 0. É bom mesmo que o time treinado por Jorge Jesus não fique pensando numa possível decisão com o Liverpool, pois o Al-Hilal não é um time tão fácil de ser batido. É preciso ter concentração total.
Pontos fortes e pontos fracos
O Al-Hilal é um time muito bem armado taticamente e ainda poupou jogadores contra o Espérance, visando o Flamengo. Quando a situação apertou, o experiente atacante francês Gomis e, com um golaço, definiu o placar. E o técnico Razvan Lucescu ainda disse que ao lado de Gomis estará o italiano Giovinco, que ficou no banco de reservas. Além da dupla, tem um brasileiro chamado chamado Carlos Eduardo, que é muito bom jogador. Porém, o sistema defensivo dos árabes é muito limitado e o goleiro quase entregou em duas oportunidades. Ou seja, se o Flamengo não sentir a pressão e pressioná-los no campo defensivo, sem dar espaço para contra-ataques, pode ganhar com certa facilidade.
Vem jogão por aí…
Nesta segunda-feira (16), às 8h (horário de Brasília), ocorreu o sorteio das oitavas de final da Champions League. O jogo mais aguardado será disputado pelo Real Madrid, maior vencedor da competição, contra o Manchester City, time que vem gastando muito dinheiro, já ganhou algumas vezes o Campeonato Inglês. Mas jamais levou uma Champions League para casa. O mais curioso do confronto será o encontro de Pep Guardiola (técnico do City) com o Real Madrid. Isso porque ele comandou o Barcelona, maior rival dos merengues por muitos anos, levando a melhor na maioria dos confrontos. E aí quem passa para as quartas de final?
Curiosidade local
Eu, Petronilo Oliveira, estive na confraternização de fim de ano da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD). Foi uma festa muito legal, encontrei amigos, mas fiquei intrigado com uma situação. O presidente do Gama, Weber Magalhães, ficou junto do presidente da Federação de Futebol de Brasília, Daniel Vasconcelos. Podem até ser amigos, mas essa aproximação pode causar certa estranheza durante o Candangão-2020, caso tenha alguma situação favorável ao Gama.
Mais estranho ainda
Destituído do cargo de presidente da Federação de Brasília em 2017 e substituído justamente por Daniel Vasconcelos, Erivaldo Alves esteve na mesma mesa. Como alguém perde um cargo sob a alegação de cometer direção temerária e praticar fraudes fiscais fica ao lado do atual presidente como se nada tivesse acontecido. No mínimo, estranha a situação.
DF segue no páreo
Como o Entrelinhas antecipou, o Brasil é um dos candidatos a receber o Mundial Feminino em 2023. Se o país for eleito, Brasília será umas das cidades-sede e provavelmente, assim como aconteceu no Mundial Sub-17, os jogos serão no Bezerrão. Voltamos a falar desse tema porque foi afunilado o número de concorrentes, quando a FIFA anunciou que Brasil, Colômbia, Japão e Austrália/Nova Zelândia seguem na disputa por sediar a Copa de 2023. A Confederação Brasileira de Futebol está confiante em candidatura forte para assegurar o Mundial, que teria BH, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Recife, RJ, Salvador e SP como locais. Escolha final será em junho de 2020.
Mercado a todo vapor
Se dentro das quatro linhas, apenas o Flamengo tem compromissos oficiais ainda este ano, fora delas, o clima está quente. Luan saiu do Grêmio e defenderá o Corinthians; Luan, que estava no Atlético-MG está a caminho do futebol japonês; Pedro Rocha, parte do elenco do rebaixado Cruzeiro acertou por empréstimo com o Flamengo. E o principal foi no Palmeiras. O clube da Crefisa se reuniu várias com Sampaoli, depois que ele deixou o Santos, mas terminou não dando em nada e o velho Vanderlei Luxemburgo tem a missão de montar o projeto do Palmeiras para ser campeão em 2020. E ainda tem muito time grande sem treinador. Há muita água para rolar debaixo da ponte.