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Futebol

Gabrielly Oliveira: agora ela quer ser a porta-bandeira do Brasil

Arquivo Geral

10/08/2016 10h05

REUTERS/Kai Pfaffenbach

Roberto Wagner
Enviado especial ao Rio de Janeiro

A noite da última sexta-feira será inesquecível na história dos Jogos Olímpicos, com uma abertura digna de aplausos. Mais ainda para a pernambucana Yane Marques, porta-bandeira da delegação brasileira, e para uma garotinha que estava ao lado dela, carregando uma semente. Aos nove anos, Gabrielly Oliveira Camelo ganhou de presente desfilar diante de quase 70 mil pessoas no maior evento esportivo do mundo.

“Eu gostei muito”, aprovou a menina. Ela só não imaginava que os três próximos dias iam justificar ainda mais sua presença ali. Moradora da Rocinha, Gabrielly pratica judô no Instituto Reação, o mesmo que “revelou” a judoca Rafaela Silva, responsável pela primeira medalha de ouro do Brasil.

Ela acompanhou as lutas da brasileira, na segunda-feira, e, encantada, decidiu: “Eu fiquei muito feliz. Quero ser como ela”.

Fã de Flávio Canto, o mentor do Instituto Reação, e agora também de Rafaela Silva, Gabrielly sonha alto. Quer chegar à faixa preta de judô – hoje ela está na azul com ponta amarela – e, quem sabe, ser a porta-bandeira da delegação brasileira no futuro. “Eu vou tentar, né? Gosto muito de judô”, diz a menina, que já encontrou a ídolo após a medalha de ouro. “Eu tirei muitas fotos e dei um abraço nela”.

Com mais motivos para seguir a carreira como judoca, Gabrielly terá outra grande experiência hoje, quando irá participar do treino da seleção da Bélgica de judô. “Ainda não treinei depois da abertura. Será a primeira vez”, anima-se.

Tóquio nos planos

Rafaela Silva deu a volta por cima. Em coletiva ontem, ela revelou que chegou a pensar em abandonar o judô. “A parte mais difícil da minha vida foi a volta ao tatame depois da derrota em Londres, quando pensei em abandonar a carreira. Foi um alívio por ter terminado a competição depois do que aconteceu. Chorei de felicidade dessa vez”, declarou Rafaela. “Quero dar mais alegria ao povo brasileiro. Quero continuar nas competições e ir para Tóquio”, revelou.

Emoção após derrota

Derrotada pela holandesa Anicka van Emden na disputa por uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos, a judoca brasileira Mariana Silva foi às lágrimas ao deixar o tatame da Arena Carioca 2. A atleta de 26 anos preferiu valorizar a oportunidade de participar da competição a lamentar o fato de ter ficado fora do pódio.

“Fico muito feliz pelo que consegui desempenhar. O objetivo era a medalha, independentemente da cor, mas, infelizmente, não foi nessas Olimpíadas. Agradeço a Deus pela chance de estar aqui”, discursou Mariana, caindo no choro, em entrevista ao SporTV.

A brasileira não era uma das favoritas à conquista da medalha. Lutando na categoria até 63kg, ela iniciou a competição como a 15ª colocada do ranking e surpreendeu nos combates que fez na manhã de ontem. À tarde, no entanto, perdeu a semifinal para a eslovena Tina Trstenjak, que conquistou o título olímpico, e depois para Anicka.

Saiba mais

O judô brasileiro terá segue hoje sua busca por mais uma medalha. Às 10h21, a peso-médio (até 70kg) Maria Portela enfrenta a marroquina Assmaa Niang Às 11h03, Tiago Camilo, da mesma categoria (até 90kg), pega o sul-africano Zack Piontek.

Amanhã, a partir das 11h03, Rafael Buzacarini pega o uruguaio Pablo Aprahamian, pelos meio-pesados (abaixo dos 100kg). Às 11h24, também pelo meio-pesado, mss no feminino (até 78kg), quem luta é Mayra Aguiar, que tem como rival a australiana Miranda Giambelli

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