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“A gente vai dar um soco na cara dela”, diz Robinho sobre vítima de estupro

A Justiça italiana afirma que Robinho, quando ainda era jogador do Milan, em 2013, participou de um estupro coletivo contra uma albanesa

Camila Bairros

14/06/2023 8h01

Foto: OLIVIER MORIN / AFP

Robinho, que está sendo acusado de ter estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em 2013, em uma boate em Milão, teve um áudio vazado. Nele, é possível ouvir o ex-jogador e o amigo Ricardo Falco, ainda na Itália, discutindo sobre como responderiam à acusação de abuso sexual. Na época, todos eles negaram envolvimento no caso, e apenas Robinho e Ricardo foram condenados.

Ele não sabia que o carro havia sido grampeado pela polícia. O Uol teve acesso aos áudios, onde é possível ouvir a voz de Robinho falando “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?'”.

As mais de 10 horas de escutas se tornaram as principais provas no processo, onde Robinho e Ricardo estão sendo condenados a nove anos de prisão por estupro coletivo. A sentença já passou pelas três instâncias nos tribunais da Itália, a última em janeiro deste ano, e não cabe mais recurso.

Nos áudios, é possível perceber como os acusados mudam suas versões. Robinho, conhecido como ‘Neguinho’, que desde o começo das investigações negou ter tido qualquer tipo de relação com a mulher, admite em conversa com os amigos. “Ah, deu alguma coisa, descobriram que o Ricardo participou, que o Neguinho comeu a mina… é, eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá”, disse o ex-jogador.

Como a vítima estava inconsciente, sem condições de consentir ou de se defender, a Justiça considerou estupro. E o ex-jogador sabia que ela não estava bem. “Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou”, revelou Robinho.

As conversas, que foram em português, foram traduzidas para o italiano para serem usadas no julgamento, e depois trazudidas de volta ao português pela imprensa. A defesa do ex-jogador alega que as palavras foram retiradas de contexto nesse processo de mudança de língua.

Como os brasileiros saíram da Itália e o Brasil não extradita cidadãos, o país europeu pede que as penas de Robinho e de Falco sejam executadas aqui em território nacional. Esse processo tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os demais envolvidos no caso, Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva e Rudney Gomes da Silva foram denunciados, mas nunca foram encontrados pela Justiça, então o processo não andou.

Robinho acredita que, se alguém deve cumprir pena, não é ele, e sim os amigos. “Eu vi o Rudney rangando ela e os outros cara rangando ali. Então os caras que rangaram ela vão se foder”, finalizou.

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