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Sucesso em qualquer papel

Arquivo Geral

25/10/2005 0h00

Mesmo sem ser escalado para viver protagonistas, o ator de 36 anos sempre consegue tornar seus papéis marcantes. Quem não se lembra do João Grilo de O Auto da Compadecida? Com o Carreirinha de América, a fórmula se repetiu. Coadjuvante no núcleo de rodeios, o personagem bêbado e atrapalhado caiu no gosto do público infantil, ganhou destaque, passou por mudanças e terá um final feliz. Satisfeito com a transformação do personagem, que foi criado por Glória Perez exclusivamente para ele, Matheus Nachtergaele pretende sumir por dois ou três meses depois que a trama acabar. “Eu criei o Carreirinha para o Matheus e, se ele não pudesse fazê-lo, eu o retiraria da trama”, conta a autora. Mesmo pensando em descansar, o ator ensaia novos rumos para a carreira: começou a produzir o filme A Festa da Menina Morta, que deve ser lançado em 2006, em que assina o roteiro e a direção. Com Carreirinha, Nachtergaele tem em comum o espírito moleque e o fato de não ter conhecido sua mãe biológica (que morreu quando ele tinha apenas três meses). Nesta entrevista, o ator fala sobre a sua experiência internacional como cantor e sobre as decepções iniciais na carreira de ator.

O que você achou do Carreirinha?

Ele fez um lindo percurso, e acho que as crianças o salvaram. A sinopse propunha que ele se destruiria.

Como você viu essa transformação?

Fiquei muito feliz. A Glória foi retirando o álcool, e ele ficou mais lúdico do que trágico. Ela investiu na vontade do personagem de aprender a ler. Mostrou como é um brasileiro de verdade. Ele superou as dificuldades e só quer ser feliz.

Como é o assédio das crianças?

É incrível! Muita criança vem falar comigo.

Você já tem projetos para depois?

Gravo todo dia desde novembro de 2004. Quero sumir pelo Brasil por uns meses para descansar.

Já sente saudades?

Nos bastidores das gravações, o clima é de tristeza. Ficamos muito unidos, sobretudo após a saída do diretor Jayme e do “pepinão” que tivemos de segurar. Agora, vêm as despedidas.

Você acha que demorou para o Carreirinha ter importância?

Já me perguntaram se valia a pena aceitar o trabalho para um personagem coadjuvante, mas acho que não existe isso de papel pequeno. Olha em que o Carrerinha se transformou!

Qual é o ponto forte do personagem?

Me chamou a atenção o fato de ele não ter pais. Ninguém ensinou nada para ele nem depende dele. Carreirinha é totalmente livre, solto no mundo, sozinho. Ele nunca foi amado e teve de se virar assim.

Você se identifica com ele?

Não, porque eu tenho família, cresci em um ambiente familiar, com amor.

Como você descobriu que queria ser ator?

Tinha 21 anos, estudava artes plásticas, e uma amiga me levou a um teste de teatro com o Antunes Filho. Abandonei a faculdade e comecei a ensaiar oito horas por dia.

Como foi essa experiência?

Depois de um ano lá, o Antunes me tirou de uma peça um pouco antes da estréia e me mostrou que ser ator não era fácil.

Você está fazendo um filme americano. Como surgiu o convite?

Fiz um filme austríaco, chamado Eclipse, em 2002. Agora, fui convidado para Journey to the End of the Night (Jornada para o Fim da Noite), que será lançado em 2006. Quando me chamaram, os produtores já me conheciam, acho que de Central do Brasil.

Você já morou fora do País. O que fez no exterior?

Morei em Bruxelas e em Paris para cantar MPB na noite.

O que faz nas suas folgas?

Gosto de sair para beber com os amigos, de ir ao teatro, ao cinema e de ir para Minas Gerais.

O que fará depois das férias?

Estou produzindo um filme meu, chamado A Festa da Menina Morta, que mostra uma tragédia familiar que dá origem a uma seita religiosa.

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    25/10/2005 0h00

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    O que você achou do Carreirinha?

    Ele fez um lindo percurso, e acho que as crianças o salvaram. A sinopse propunha que ele se destruiria.

    Como você viu essa transformação?

    Fiquei muito feliz. A Glória foi retirando o álcool, e ele ficou mais lúdico do que trágico. Ela investiu na vontade do personagem de aprender a ler. Mostrou como é um brasileiro de verdade. Ele superou as dificuldades e só quer ser feliz.

    Como é o assédio das crianças?

    É incrível! Muita criança vem falar comigo.

    Você já tem projetos para depois?

    Gravo todo dia desde novembro de 2004. Quero sumir pelo Brasil por uns meses para descansar.

    Já sente saudades?

    Nos bastidores das gravações, o clima é de tristeza. Ficamos muito unidos, sobretudo após a saída do diretor Jayme e do “pepinão” que tivemos de segurar. Agora, vêm as despedidas.

    Você acha que demorou para o Carreirinha ter importância?

    Já me perguntaram se valia a pena aceitar o trabalho para um personagem coadjuvante, mas acho que não existe isso de papel pequeno. Olha em que o Carrerinha se transformou!

    Qual é o ponto forte do personagem?

    Me chamou a atenção o fato de ele não ter pais. Ninguém ensinou nada para ele nem depende dele. Carreirinha é totalmente livre, solto no mundo, sozinho. Ele nunca foi amado e teve de se virar assim.

    Você se identifica com ele?

    Não, porque eu tenho família, cresci em um ambiente familiar, com amor.

    Como você descobriu que queria ser ator?

    Tinha 21 anos, estudava artes plásticas, e uma amiga me levou a um teste de teatro com o Antunes Filho. Abandonei a faculdade e comecei a ensaiar oito horas por dia.

    Como foi essa experiência?

    Depois de um ano lá, o Antunes me tirou de uma peça um pouco antes da estréia e me mostrou que ser ator não era fácil.

    Você está fazendo um filme americano. Como surgiu o convite?

    Fiz um filme austríaco, chamado Eclipse, em 2002. Agora, fui convidado para Journey to the End of the Night (Jornada para o Fim da Noite), que será lançado em 2006. Quando me chamaram, os produtores já me conheciam, acho que de Central do Brasil.

    Você já morou fora do País. O que fez no exterior?

    Morei em Bruxelas e em Paris para cantar MPB na noite.

    O que faz nas suas folgas?

    Gosto de sair para beber com os amigos, de ir ao teatro, ao cinema e de ir para Minas Gerais.

    O que fará depois das férias?

    Estou produzindo um filme meu, chamado A Festa da Menina Morta, que mostra uma tragédia familiar que dá origem a uma seita religiosa.

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