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Público do filme nacional cresce 200%

Arquivo Geral

03/01/2004 0h00

Com um público 200% maior que nos anos anteriores e vários prêmios em festivais importantes pelo mundo, o cinema brasileiro inicia 2004 com grande expectativa. E os resultados excepcionais de 2003 são o combustível para isso, já que o número de espectadores para o cinema nacional pulou de 7,2 milhões de pessoas em 2002 para 22 milhões no ano passado. Entre os dez longas mais vistos no país, três são brasileiros. Todos eles trazem o selo Globo Filmes, braço cinematográfico da TV Globo, que deu às estréias a visibilidade dos intervalos comerciais e da grade de programação da emissora, consolidando um formato de lançamento (em associação com distribuidoras nacionais e estrangeiras) antes inalcançável para a produção nacional. Mas o maior exibidor do País não entra no coro do já ganhou. Valmir Fernandes, diretor da Cinemark, rede de exibição com o maior número de salas no Brasil não tem a perspectiva de repetir 2003. “Não é questão de ser negativo, mas realista”. Ele cita a expectativa de lançamentos internacionais “aparentemente mais fortes” do que os de 2003 como fator que fará o filme nacional voltar a perder espaço para o estrangeiro. Paulo Sérgio Almeida, proprietário da empresa Filme B, especializada em estatísticas do mercado cinematográfico, também não vê razão para euforia em 2004. Ele concorda que as estréias internacionais terão mais peso, com bilheterias como as do terceiro episódio de O Senhor dos Anéis e de Homem-Aranha 2. “Os sucessos nacionais não estão tão facilmente identificáveis”, diz o especialista citando as indefinições sobre Os Normais 2, O Coronel e o Lobisomem, novo projeto de Guel Arraes, e A Grande Família, outro derivado da TV Globo, candidatos certos ao êxito. Almeida afirma que, embora haja “fortes candidatos ao sucesso” na cartela de lançamentoes para 2004 – Olga, de Jayme Monjardim e Cazuza, de Sandra Werneck e Walter Carvalho, entre eles – seu número “é insuficiente para repetir os 22 milhões de 2003”. Responsável pelo lançamento de dez dos 20 filmes mais vistos em 2003 no Brasil, o diretor da distribuidora Columbia, Rodrigo Saturnino, afirma que “2004 não tem obrigação de ser melhor ou igual a 2003 e, mesmo que seus resultados finais sejam inferiores, certamente será um ano melhor do que 2001 e 2002, configurando uma série histórica ascendente”. Saturnino calcula que em 2004 haverá mais estréias nacionais (entre 35 e 40 filmes, contra os 31 lançados em 2002) e que elas serão feitas com um número maior de cópias, ou seja, chegando simultaneamente a mais cinemas, o que favorece o aumento da média de público. “Devemos ter aproximadamente nove grandes lançamentos, estréias com cerca de 300 cópias e pelo menos outros nove filmes com lançamento entre 30 e cem cópias. Teremos também mais estréias entre dez e 30 cópias e vamos diminuir o número de lançamentos abaixo de dez cópias”, afirma o distribuidor.

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