Fundada em 1989, a Companhia Azul Celeste, originária de São José do Rio Preto (SP), busca fazer um trabalho de pesquisa a cada espetáculo montado. A Cia. já recebeu 271 prêmios de teatro e atualmente é composta por sete pessoas. “Está sendo um grande prazer para a Cia. participar do Filo, pois é um festival que discute e argumenta. É preocupado com os conteúdos e com as idéias que o teatro transmite. Não fica somente na área comercial e sim pensa o teatro enquanto instrumento de aperfeiçoamento e transformação”, resume Jorge. O título é uma mistura do nome do primeiro poema escrito com a assinatura de Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos, com uma revista literária escrita por Pessoa e lançada em 1915, intitulada Orpheu, que continha as idéias do poeta e de alguns colaboradores. No palco, três figuras, Fernando Pessoa, Alberto Caeiro e a tia-avó deste, com quem ele teria vivido por muito tempo. Unindo o texto a ações essencialmente gestuais, o espetáculo traça de maneira simbólica alguns caminhos de Pessoa com enfoque em Caeiro, sua biografia e sua escrita.