Mãe é mãe. Na vida real, sermão e colo fazem parte da relação de maternidade também na ficção. Na TV, elas vão da comédia ao drama sem perder a pose de quem sabe das coisas e tem sempre razão. E, cada vez mais modernas, ganham a amizade dos filhos e derrubam assuntos que antes eram tabu.
“Acoplar a mim a imagem de mãezona não foi difícil, sou assim em casa também. A Nenê tem as melhores qualidades de uma mulher. É quem harmoniza, concilia e é a base da casa”, enumera Marieta Severo, a matriarca de A Grande Família.
Guta Stresser, a filha Bebel do humorístico, concorda. “Nenê já virou um ícone, é a mãe que todo mundo queria ter”, diz a atriz, que leva para os bastidores a relação de confidências que divide com Marieta em cena.
“Sou do tempo em que os pais eram chamados de senhor e senhora e hoje bato na porta e peço permissão para entrar no quarto do meu filho. Na minha geração, quando a barra pesava, as últimas pessoas que se chamava eram os pais. Hoje são as primeiras”, conta Elisa Lucinda, a moderna Pérola (Elisa Lucinda), mãe de Luciana (Camila Pitanga) em Mulheres Apaixonadas.
“Elas conversam sobre tudo e a mãe dá força para a filha transar com o namorado. É uma relação de respeito entre o equilíbrio emocional da filha e a experiência da mãe”, analisa.
No caso de Hilda (Maria Padilha) e Elisa (Giselle Policarpo), também na novela das oito, o diálogo aberto faz suas discussões darem o que falar. “Elas são amigas, mas isso não faz a mãe estar sempre do lado da Elisa. A polêmica sobre a filha dormir ou não com o namorado em casa serve para mostrar que os pais também podem aprender e crescer com os filhos”, ensina Giselle, que, confessa, já viveu na vida real situações parecidas com as da personagem.