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Panorama de diferentes estilos

Arquivo Geral

24/04/2003 0h00

O rock ainda não havia deixado os cueiros quando Celly Campello, motivada pelo irmão Tony, saiu de Campinas (SP) para iniciar uma das mais fugazes carreiras da música brasileira. Estúpido Cupido (1959), relançado agora, foi o início de tudo, um álbum lotado de versões de sucessos estrangeiros. Recentemente finada, Celly Campello cantava com graça e saiu no auge, para casar e montar casa, pendurando seus sapatinhos de laços cor-de-rosa.

No final dos anos 60, a influência da música estrangeira era visível em várias vertentes da música brasileira. Marcos Valle, nascido bossa-novista, flertava com o soul em Mustang Cor de Sangue ou Corcel Cor de Mel (1969), criando um blended interessantíssimo em canções como Os Dentes Brancos do Mundo e no jingle casual Tigre da Esso Que Sucesso. No mesmo ano, Antonio Adolfo & A Brazuca atiçavam a pilantragem, gênero liderado por Wilson Simonal, que criava uma nova e mais linear síncope musical, de clara inspiração na música soul norte-americana. Simonal foi também o responsável pelo lançamento de Rosa Maria em Uma Rosa Com Bossa (1966), muito anos antes de ela se transformar num pastiche de cantora internacional. Muito melhor aqui. E o soul voltou em 1973 com Cassiano, que teve nova chance de mostrar sua música encharcada de harmonias em Apresentamos Nosso Cassiano, mas o disco não tinha (e não tem) força.

Completamente diferente é a proposta do excepcional Matança do Porco, também de 1973, com o Som Imaginário – que já não tinha mais Zé Rodrix – misturando rock progressivo e Villa-Lobos em gravação apuradíssima. Wagner Tiso, tecladista do grupo, também aparece em sua primeira aventura como solista, em disco de 1978. Também na área instrumental, estão de volta o ótimo Samambaia, de 81, que reúne César Camargo Mariano e Hélio Delmiro, Noites Cariocas, de Ribamar, e Brasil Dia e Noite, com orquestra regida por Luiz Arruda Paes.

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    24/04/2003 0h00

    O rock ainda não havia deixado os cueiros quando Celly Campello, motivada pelo irmão Tony, saiu de Campinas (SP) para iniciar uma das mais fugazes carreiras da música brasileira. Estúpido Cupido (1959), relançado agora, foi o início de tudo, um álbum lotado de versões de sucessos estrangeiros. Recentemente finada, Celly Campello cantava com graça e saiu no auge, para casar e montar casa, pendurando seus sapatinhos de laços cor-de-rosa.

    No final dos anos 60, a influência da música estrangeira era visível em várias vertentes da música brasileira. Marcos Valle, nascido bossa-novista, flertava com o soul em Mustang Cor de Sangue ou Corcel Cor de Mel (1969), criando um blended interessantíssimo em canções como Os Dentes Brancos do Mundo e no jingle casual Tigre da Esso Que Sucesso. No mesmo ano, Antonio Adolfo & A Brazuca atiçavam a pilantragem, gênero liderado por Wilson Simonal, que criava uma nova e mais linear síncope musical, de clara inspiração na música soul norte-americana. Simonal foi também o responsável pelo lançamento de Rosa Maria em Uma Rosa Com Bossa (1966), muito anos antes de ela se transformar num pastiche de cantora internacional. Muito melhor aqui. E o soul voltou em 1973 com Cassiano, que teve nova chance de mostrar sua música encharcada de harmonias em Apresentamos Nosso Cassiano, mas o disco não tinha (e não tem) força.

    Completamente diferente é a proposta do excepcional Matança do Porco, também de 1973, com o Som Imaginário – que já não tinha mais Zé Rodrix – misturando rock progressivo e Villa-Lobos em gravação apuradíssima. Wagner Tiso, tecladista do grupo, também aparece em sua primeira aventura como solista, em disco de 1978. Também na área instrumental, estão de volta o ótimo Samambaia, de 81, que reúne César Camargo Mariano e Hélio Delmiro, Noites Cariocas, de Ribamar, e Brasil Dia e Noite, com orquestra regida por Luiz Arruda Paes.

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