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Museu Histórico e Artístico de Planaltina recebe a exposição Casa Histórica de Planaltina

Arquivo Geral

10/12/2009 0h00

O Museu Histórico e Artístico de Planaltina sediará a exposição Casa Histórica de Planaltina, a partir desta sexta (12). Construída entre os séculos XIX e XX por Afonso Coelho da Silva Campos, a casa abriga o Museu da Cidade desde 1974. Na mostra, os visitantes conhecerão, por meio de objetos da época, um pouco mais do modo de viver de seus habitantes e da história do antigo município goiano e da mudança da nova capital.


A exposição será aberta para visitação às 10 horas e fica em cartaz do público até 13 de junho de 2010.


Os primeiros moradores da Casa foram Salviano Monteiro Guimarães, sua esposa Olívia e seus oito filhos – Gabriel, Francisco, Hosannah, Sebastião, Maria América, Gabriela, Salviano e Dulce.


No tempo do Coronel Salviano, a Casa era uma das residências mais confortáveis da cidade, com água encanada, luz e telefone. Tornou-se o símbolo da influência de Salviano na região e ponto de referência para a recepção e hospedagem de autoridades, o trato de negócios, comemorações e festividades diversas.


Após o falecimento de Salviano e Olívia, a Casa foi herdada e passou a ser a residência de sua filha Maria América, seu marido Francisco e seus filhos Stela dos Cherubins, Olíbia Terezinha, Salviano Neto, Maria Dione, Dinalva, Marilda e Maria Helena.


No final de sua vida, Maria América transferiu a Casa ao Governo do Distrito Federal, para que nela fosse implantado o Museu Histórico e Artístico de Planaltina, para ser o depositário, guardião e propagador da história do Planalto e da cidade de Planaltina.


O Coronel Salviano era o dono das terras onde, hoje, estão instalados o Centro de Educação Técnica – ex Colégio Agrícola –, o Vale do Amanhecer, o Morro do Centenário – onde em 1922 foi erguida a Pedra Fundamental – e parte de Brasília. Devido às suas múltiplas atividades e posses, era homem bastante conhecido, influente e respeitado.


A Câmara da Cidade reconheceu a importância do Coronel Salviano Monteiro Guimarães, em 1930, prestando-lhe a singela homenagem de dar seu nome à Praça que fica em frente a esta Casa, que habitou.


Historicamente, a Casa marca a passagem de membros da Comissão do General Djalma Polli Coelho e da Comissão do Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que transitaram por Planaltina em meio a estudos, visando à delimitação do melhor local e área para a instalação da nova capital do Brasil – Brasília.


Os proprietários desta Casa sempre foram pessoas extremamente religiosas e devotadas. Dona Olívia, mulher de muita fé, pelo restabelecimento da saúde de sua filha Dulce, mandou erguer uma capela no ponto mais alto de Planaltina, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima. A partir daí, o local passou a ser chamado de Morro da Capelinha, dando início às romarias em louvor à Santa.


Anos mais tarde, a pedido de Dulce, foi aberta uma estrada no Morro para celebrar, em oração, as estações da Via Sacra, para onde, posteriormente, foi transferido o espetáculo Via Sacra ao Vivo de Planaltina.


Em 1935, o senhor Francisco Mundim Guimarães, esposo de Dona América, dono da Casa, festeiro-mor, intitulado Imperador, retomou a Folia de Rua da Festa do Divino de Planaltina, dando prosseguimento a uma das mais importantes festas de cunho religioso da cidade.


A família Guimarães conquistou forte representatividade política, social e religiosa em Planaltina e seus arredores, desde que por aqui se instalou. A colaboração dos proprietários da Casa, marcada pelas diversas atividades que desenvolveram em suas vidas – pecuária, agricultura, política, medicina, advocacia, odontologia, jornalismo, magistério, música, comércio, assistência social e outras – foi fundamental para o desenvolvimento e progresso desta localidade e melhoria das condições de vida dos seus habitantes.


Como defensores da interiorização da capital do Brasil e colaboradores nesse processo, aceitaram, amigavelmente, a desapropriação de suas terras para que nelas fosse erguida a nova cidade – Brasília.


A reconstituição da Casa, à semelhança da época em que nela residiam seus últimos moradores, o casal Francisco e América e suas filhas, pretende mostrar aos visitantes, à população de Planaltina e do Distrito Federal, parte da vida dessas pessoas e fazê-los reconhecer em tudo isto – a Casa, as pessoas, os objetos, as lembranças – o legado de uma família pioneira, Os Guimarães, que, com vontade, trabalho, determinação e empreendedorismo desbravaram, enfrentaram e conquistaram o Planalto Central brasileiro, antes mesmo da existência de Brasília.


Esta exposição é uma homenagem da terceira geração da família Guimarães aos seus precedentes – um resgate da memória, para manter viva a história da cidade às novas gerações – com apoio da Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico da Secretária de Cultura.

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