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Morre no Rio de Janeiro o dramaturgo Mauro Rasi

Arquivo Geral

23/04/2003 0h00

O dramaturgo e escritor Mauro Rasi morreu ontem à tarde, em seu apartamento, no Leblon, na Zona Sul do Rio. Ele vinha se tratando há um ano de câncer no pulmão, mas ainda em 13 de fevereiro passado reestreou a comédia Batalha de Arroz num Ringue para Dois, seu primeiro texto, que havia escrito nos anos 80 para o multimídia Miguel Falabella e a atriz Cláudia Gimenez. Esta foi a última vez em que Rasi teve presença registrada em público.

O escritor, que era paulista de Bauru, foi um dos autores teatrais de maior sucesso nas duas últimas décadas. Começou na comédia ligeira, comentando o cotidiano político e social, em gênero que ficou conhecido como besteirol, mas foi tornando seu trabalho mais denso, em peças geralmente protagonizadas por estrelas da televisão, como Marieta Severo, Vera Holtz, Nathalia Timberg etc. Seu último texto, A Dama do Cerrado, estreou em 1996, com Suzana Vieira e Otávio Augusto.

Nos últimos tempos, ele vinha tentando levantar a produção de um musical que pretendia estrear este ano. Ele era solteiro e não deixou filhos.

Mauro Rasi estreou em 1971, com o texto A Massagem, em São Paulo. Dois anos depois, montou Ladies da Madrugada, estrelada por Patrício Bisso. O primeiro Molière veio em 1987, como melhor autor teatral, pela peça A Cerimônia do Adeus, que trazia os atores Yara Amaral e Sérgio Britto.

O dramaturgo montou em 1989 A Estrela do Lar, com Marieta Severo e Emílio de Mello, e, em 1992, Baile de Máscaras, peça que recebeu quatro Molière.

Em 1993, estreou Viagem a Forli e em 1994 a premiada Pérola, na qual a atriz Vera Holtz vivia uma matriarca italiana – uma homenagem de Rasi a sua mãe, definida por ele “uma típica mulher do interior”.

Em 1995, Rasi assinou com Vicente Pereira os textos do espetáculo 5 x Comédia, composto por várias esquetes cômicas. No ano seguinte, voltou aos palcos com As Tias do Mauro e A Dama do Cerrado. Em 1997, o texto de As Tias foi adaptado pela Globo para um programa especial.

Em 1998, Rasi dirigiu Arte, de Yasmina Reza, tendo no elenco os atores Paulo Goulart, Pedro Paulo Rangel e Paulo Gorgulho. Em 1999, estreou O Crime do Dr. Alvarenga, e um ano depois, escreveu e dirigiu Alta Sociedade, com Fernanda Montenegro.

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    23/04/2003 0h00

    O dramaturgo e escritor Mauro Rasi morreu ontem à tarde, em seu apartamento, no Leblon, na Zona Sul do Rio. Ele vinha se tratando há um ano de câncer no pulmão, mas ainda em 13 de fevereiro passado reestreou a comédia Batalha de Arroz num Ringue para Dois, seu primeiro texto, que havia escrito nos anos 80 para o multimídia Miguel Falabella e a atriz Cláudia Gimenez. Esta foi a última vez em que Rasi teve presença registrada em público.

    O escritor, que era paulista de Bauru, foi um dos autores teatrais de maior sucesso nas duas últimas décadas. Começou na comédia ligeira, comentando o cotidiano político e social, em gênero que ficou conhecido como besteirol, mas foi tornando seu trabalho mais denso, em peças geralmente protagonizadas por estrelas da televisão, como Marieta Severo, Vera Holtz, Nathalia Timberg etc. Seu último texto, A Dama do Cerrado, estreou em 1996, com Suzana Vieira e Otávio Augusto.

    Nos últimos tempos, ele vinha tentando levantar a produção de um musical que pretendia estrear este ano. Ele era solteiro e não deixou filhos.

    Mauro Rasi estreou em 1971, com o texto A Massagem, em São Paulo. Dois anos depois, montou Ladies da Madrugada, estrelada por Patrício Bisso. O primeiro Molière veio em 1987, como melhor autor teatral, pela peça A Cerimônia do Adeus, que trazia os atores Yara Amaral e Sérgio Britto.

    O dramaturgo montou em 1989 A Estrela do Lar, com Marieta Severo e Emílio de Mello, e, em 1992, Baile de Máscaras, peça que recebeu quatro Molière.

    Em 1993, estreou Viagem a Forli e em 1994 a premiada Pérola, na qual a atriz Vera Holtz vivia uma matriarca italiana – uma homenagem de Rasi a sua mãe, definida por ele “uma típica mulher do interior”.

    Em 1995, Rasi assinou com Vicente Pereira os textos do espetáculo 5 x Comédia, composto por várias esquetes cômicas. No ano seguinte, voltou aos palcos com As Tias do Mauro e A Dama do Cerrado. Em 1997, o texto de As Tias foi adaptado pela Globo para um programa especial.

    Em 1998, Rasi dirigiu Arte, de Yasmina Reza, tendo no elenco os atores Paulo Goulart, Pedro Paulo Rangel e Paulo Gorgulho. Em 1999, estreou O Crime do Dr. Alvarenga, e um ano depois, escreveu e dirigiu Alta Sociedade, com Fernanda Montenegro.

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