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Máquina de CD contra pirataria

Arquivo Geral

20/08/2003 0h00

O desenvolvimento de uma nova forma de vender discos, em máquinas eletrônicas, com cartões magnéticos, deve ser a primeira parceria entre o Ministério da Cultura (Minc) e a Agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O projeto é do engenheiro e ex-professor Fernando Bezerra, de Lins (SP), e do empresário Nelson Martins, de Campinas. Para obter os recursos necessários ao desenvolvimento do protótipo, o ministro Gilberto Gil levou os dois ao presidente da Finep, Sergio Rezende, que se entusiasmou de imediato.

Bezerra e Martins foram apresentados a Gilberto Gil pelo cantor Lobão, que se desligou das gravadoras em 1998 e vendeu 97 mil exemplares do CD A Vida É Doce em bancas de revista. Lobão é um dos entusiastas do novo invento, que permite a cada pessoa criar seu disco particular, com as músicas preferidas, ou seguir a sugestão do artista escolhido. A primeira reunião entre Gil e Resende ocorreu na segunda-feira, quando detalharam a parceria, incluindo seu custo e a forma de financiamento.

De acordo com o projeto, máquinas semelhantes a caixas eletrônicos são instaladas em locais públicos e, com um cartão magnético com 30 créditos adquirido previamente, o comprador escolhe suas músicas preferidas, pagando-as com uma quantidade de créditos determinada pelo músico ou a gravadora que distribui o disco. Esgotado o cartão, a máquina emite o disco e sua capa. “O preço do disco cai 50% porque não se paga transporte nem estoque. Se hoje um CD custa entre R$ 20 e R$ 25, sai por R$ 10, com lucro para todos”, explicou Bezerra.

A capacidade inicial da máquina é de 34 mil músicas e o tempo médio calculado para gravar um disco, de oito minutos. “O projeto prevê inicialmente música, mas serve para tudo o que pode ser digitalizado: filmes, videoclipes, fotos, etc”, ressaltou Gil. Bezerra lembrou que o sistema atrai para a legalidade os vendedores de discos piratas, que hoje tomaram 60% do mercado formal, segundo dados da Associação Brasileira de Produtores Fonográficos (ABPF).

“Se eles vendem música com a máquina, terão o mesmo lucro, sem os riscos da ilegalidade e da perseguição policial.” Apesar de entusiasmado com o projeto, o presidente da Finep não adiantou um prazo para testar a invenção nem de quanto dispõe para financiá-la. Mas Gil lembrou que fazer a ponte entre os criadores e as agências governamentais é uma das atribuições da sua pasta.

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    Bezerra e Martins foram apresentados a Gilberto Gil pelo cantor Lobão, que se desligou das gravadoras em 1998 e vendeu 97 mil exemplares do CD A Vida É Doce em bancas de revista. Lobão é um dos entusiastas do novo invento, que permite a cada pessoa criar seu disco particular, com as músicas preferidas, ou seguir a sugestão do artista escolhido. A primeira reunião entre Gil e Resende ocorreu na segunda-feira, quando detalharam a parceria, incluindo seu custo e a forma de financiamento.

    De acordo com o projeto, máquinas semelhantes a caixas eletrônicos são instaladas em locais públicos e, com um cartão magnético com 30 créditos adquirido previamente, o comprador escolhe suas músicas preferidas, pagando-as com uma quantidade de créditos determinada pelo músico ou a gravadora que distribui o disco. Esgotado o cartão, a máquina emite o disco e sua capa. “O preço do disco cai 50% porque não se paga transporte nem estoque. Se hoje um CD custa entre R$ 20 e R$ 25, sai por R$ 10, com lucro para todos”, explicou Bezerra.

    A capacidade inicial da máquina é de 34 mil músicas e o tempo médio calculado para gravar um disco, de oito minutos. “O projeto prevê inicialmente música, mas serve para tudo o que pode ser digitalizado: filmes, videoclipes, fotos, etc”, ressaltou Gil. Bezerra lembrou que o sistema atrai para a legalidade os vendedores de discos piratas, que hoje tomaram 60% do mercado formal, segundo dados da Associação Brasileira de Produtores Fonográficos (ABPF).

    “Se eles vendem música com a máquina, terão o mesmo lucro, sem os riscos da ilegalidade e da perseguição policial.” Apesar de entusiasmado com o projeto, o presidente da Finep não adiantou um prazo para testar a invenção nem de quanto dispõe para financiá-la. Mas Gil lembrou que fazer a ponte entre os criadores e as agências governamentais é uma das atribuições da sua pasta.

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