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Mais uma inédita de Raul

Arquivo Geral

21/08/2003 0h00

Hoje completam-se 14 anos da morte de um dos mais excêntricos e enigmáticos personagens da música nacional: Raul Seixas. Nascido em 28 de junho de 1945, ou há dez mil anos (ainda não se sabe ao certo), Raulzito faleceu vítima de uma pancreatite crônica no dia 21 de agosto de 1989 – há quem diga que, como Elvis Presley, ele ainda vive. Como lembrança do roqueiro baiano a Som Livre lança o novo CD póstumo de Raul, Anarkilópolis.

Não é relançamento nem mais uma coletânea de sucessos de Raulzito, apesar de ser uma compilação de músicas já gravadas em disco pelo Maluco Beleza. O álbum, lançado esta semana, apresenta a inédita Arnakilópolis (Cowboy Fora-da-Lei nº 2), composição feita pelo roqueiro em 1984 em parceria com o amigo e presidente do fã-clube Raul Rock Club, Sylvio Passos.

A música faria parte do álbum Metrô Linha 743, lançado no mesmo ano da composição. Os arranjos não ficaram prontos em tempo hábil de fazer parte do disco e Arnakilópolis ficou esquecida no acervo da Som Livre, que retém os direitos de distribuição da obra. A canção foi descoberta por acaso nos arquivos da gravadora pelo produtor Aramis Barros.

O refrão de Arnakilópolis – o mesmo de Cowboy Fora-da-Lei – fora composto por Raul no ano do lançamento do seu primeiro álbum solo, o politicamente incorreto Krig-Ha-Bandolo!, de 1973. A música é inspirada no country norte-americano Bare Foot Balad, gravado nos anos 50 por Elvis Presley.

Sylvio Passos teve total liberdade para escolher o repertório que compõe o CD. “Só faria se tivesse essa autonomia. Não posso fazer uma coisa qualquer para o fã de Raul”. Portanto, Sylvio escolheu canções menos famosas com participação de outros nomes da MPB. Gilberto Gil, por exemplo, assina os arranjos e acompanha ao violão a voz de Raul em Que Luz é Essa?, do long-play O Dia em que a Terra Parou, de 1977.

No decorrer das faixas tocam ainda Jackson do Pandeiro, Celso Blues Boy e Pepeu Gomes. O parceiro de anarquia e boteco de Raul antes de Paulo Coelho, Sérgio Sampaio (autor de Eu Quero é Botar Meu Bloco Na Rua), faz backing vocal em Eu sou Eu Nicuri é o Diabo; Wanderléa aparece em dueto com Raulzito em Quero Mais, e Marcelo Nova, ainda no Camisa de Vênus, divide os vocais com o mentor da Sociedade Alternativa em Muita Estrela, Pouca Constelação.

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    21/08/2003 0h00

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    Não é relançamento nem mais uma coletânea de sucessos de Raulzito, apesar de ser uma compilação de músicas já gravadas em disco pelo Maluco Beleza. O álbum, lançado esta semana, apresenta a inédita Arnakilópolis (Cowboy Fora-da-Lei nº 2), composição feita pelo roqueiro em 1984 em parceria com o amigo e presidente do fã-clube Raul Rock Club, Sylvio Passos.

    A música faria parte do álbum Metrô Linha 743, lançado no mesmo ano da composição. Os arranjos não ficaram prontos em tempo hábil de fazer parte do disco e Arnakilópolis ficou esquecida no acervo da Som Livre, que retém os direitos de distribuição da obra. A canção foi descoberta por acaso nos arquivos da gravadora pelo produtor Aramis Barros.

    O refrão de Arnakilópolis – o mesmo de Cowboy Fora-da-Lei – fora composto por Raul no ano do lançamento do seu primeiro álbum solo, o politicamente incorreto Krig-Ha-Bandolo!, de 1973. A música é inspirada no country norte-americano Bare Foot Balad, gravado nos anos 50 por Elvis Presley.

    Sylvio Passos teve total liberdade para escolher o repertório que compõe o CD. “Só faria se tivesse essa autonomia. Não posso fazer uma coisa qualquer para o fã de Raul”. Portanto, Sylvio escolheu canções menos famosas com participação de outros nomes da MPB. Gilberto Gil, por exemplo, assina os arranjos e acompanha ao violão a voz de Raul em Que Luz é Essa?, do long-play O Dia em que a Terra Parou, de 1977.

    No decorrer das faixas tocam ainda Jackson do Pandeiro, Celso Blues Boy e Pepeu Gomes. O parceiro de anarquia e boteco de Raul antes de Paulo Coelho, Sérgio Sampaio (autor de Eu Quero é Botar Meu Bloco Na Rua), faz backing vocal em Eu sou Eu Nicuri é o Diabo; Wanderléa aparece em dueto com Raulzito em Quero Mais, e Marcelo Nova, ainda no Camisa de Vênus, divide os vocais com o mentor da Sociedade Alternativa em Muita Estrela, Pouca Constelação.

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