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Lisbela e o prisioneiro

Arquivo Geral

21/08/2003 0h00

Uma produção de R$ 4,5 milhões, estrelada por Débora Falabella, Marco Nanini e o pupilo do diretor, Selton Mello (protagonista dos outros dois filmes do diretor Guel Arraes, O Auto da Compadecida e Caramuru, feitos originalmente como séries de TV) é a grande pedida das estréias de cinema, amanhã. Lisbela e o Prisioneiro, primeiro longa-metragem de Guel Arraes feito especificamente para o cinema, vai ocupar cerca de dez salas da cidade.

Os dois filmes anteriores, O Auto da Compadecida e Caramuru -A Invenção do Brasil, foram adaptações de minisséries exibidas pela Globo. No entanto, o diretor já havia levado o texto de Osman Lins para um especial na TV em 1993 e, em seguida, para o teatro. “Mas posso dizer que Lisbela é minha primeira produção de cinema”, enfatiza Guel.

O roteiro foi adaptado por um time já conhecido da comédia brasileira: Guel, Jorge Furtado (de O Homem que Copiava) e o ator Pedro Cardoso (de A Grande Família). “Acredito que esse seja um bom filme porque temos um bom roteiro e um bom elenco. Só tento não atrapalhar o processo”, brinca o diretor, que dedicou a sessão de pré-estréia do filme na terça ao cineasta Afonso Brazza, morto no dia 29 de julho.

Enquanto roda uma película em preto-e-branco no cinema de uma pequena cidade do interior de Pernambuco, os personagens de Lisbela e o Prisioneiro se envolvem numa aventura romântica paralela. Lisbela (Falabella) narra passo-a-passo as etapas de uma conquista. Ela está noiva de um carioca almofadinha, mas é seduzida por Leléu (Selton Mello), seu verdadeiro amor.

Na produção, Arraes trabalha com personagens extremamente caricatos como fez em O Auto da Compadecida. O cineasta brinca e exagera com os esteriótipos do mocinho malandro e mulherengo (Leléu) que se apaixona pela mocinha ingênua (Lisbela), cujo o pai é um homem-da-lei e faz de tudo para impedir o romance dos dois, inclusive colocá-lo na cadeia.

Os demais personagens consolidam a típica formação da comédia nordestina: a paixão antiga de Leléu (papel de Virgínia Cavendish); o pior dos matadores do sertão (Marco Nanini), sedento para ceifar a vida de Leléu; o coadjuvante engraçadinho (papel do comediante Tadeu Mello); e não poderia faltar o corno manso, o noivo de Lisbela.

O filme é uma grande sátira ao cinema de Hollywood, visto por uma ótica interiorana brasileira – meio sertanejo, meio coronelizado. Na obra, Arraes busca a mesma fórmula das produções anteriores, no perfil “…e viveram felizes para sempre”. Sua aposta comercial é alta, já que emplacou 200 cópias de Lisbela e o Prisioneiro no mercado nacional, para exibição a partir de amanhã.

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    Lisbela e o prisioneiro

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    21/08/2003 0h00

    Uma produção de R$ 4,5 milhões, estrelada por Débora Falabella, Marco Nanini e o pupilo do diretor, Selton Mello (protagonista dos outros dois filmes do diretor Guel Arraes, O Auto da Compadecida e Caramuru, feitos originalmente como séries de TV) é a grande pedida das estréias de cinema, amanhã. Lisbela e o Prisioneiro, primeiro longa-metragem de Guel Arraes feito especificamente para o cinema, vai ocupar cerca de dez salas da cidade.

    Os dois filmes anteriores, O Auto da Compadecida e Caramuru -A Invenção do Brasil, foram adaptações de minisséries exibidas pela Globo. No entanto, o diretor já havia levado o texto de Osman Lins para um especial na TV em 1993 e, em seguida, para o teatro. “Mas posso dizer que Lisbela é minha primeira produção de cinema”, enfatiza Guel.

    O roteiro foi adaptado por um time já conhecido da comédia brasileira: Guel, Jorge Furtado (de O Homem que Copiava) e o ator Pedro Cardoso (de A Grande Família). “Acredito que esse seja um bom filme porque temos um bom roteiro e um bom elenco. Só tento não atrapalhar o processo”, brinca o diretor, que dedicou a sessão de pré-estréia do filme na terça ao cineasta Afonso Brazza, morto no dia 29 de julho.

    Enquanto roda uma película em preto-e-branco no cinema de uma pequena cidade do interior de Pernambuco, os personagens de Lisbela e o Prisioneiro se envolvem numa aventura romântica paralela. Lisbela (Falabella) narra passo-a-passo as etapas de uma conquista. Ela está noiva de um carioca almofadinha, mas é seduzida por Leléu (Selton Mello), seu verdadeiro amor.

    Na produção, Arraes trabalha com personagens extremamente caricatos como fez em O Auto da Compadecida. O cineasta brinca e exagera com os esteriótipos do mocinho malandro e mulherengo (Leléu) que se apaixona pela mocinha ingênua (Lisbela), cujo o pai é um homem-da-lei e faz de tudo para impedir o romance dos dois, inclusive colocá-lo na cadeia.

    Os demais personagens consolidam a típica formação da comédia nordestina: a paixão antiga de Leléu (papel de Virgínia Cavendish); o pior dos matadores do sertão (Marco Nanini), sedento para ceifar a vida de Leléu; o coadjuvante engraçadinho (papel do comediante Tadeu Mello); e não poderia faltar o corno manso, o noivo de Lisbela.

    O filme é uma grande sátira ao cinema de Hollywood, visto por uma ótica interiorana brasileira – meio sertanejo, meio coronelizado. Na obra, Arraes busca a mesma fórmula das produções anteriores, no perfil “…e viveram felizes para sempre”. Sua aposta comercial é alta, já que emplacou 200 cópias de Lisbela e o Prisioneiro no mercado nacional, para exibição a partir de amanhã.

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