Ben Jor apareceu, com seu violão e um canto chorado, no Beco das Garrafas – berço da bossa nova, onde surgiram Nara Leão, Elis Regina e Carlos Lyra, entre outros – no início da década de 60. O suingue – na época estranhíssimo – de Mas, Que Nada e Por Causa de Você, Menina chamou atenção de produtores que lançaram o garoto no mercado fonográfico com o antológico álbum Samba Esquema Novo (1963).
No ano seguinte, Ben é Samba Bom e Sacudin Ben Samba levaram Ben Jor para os EUA, onde Zazueira e Mas, Que Nada entraram nas paradas de sucesso. Foi o pulo do gato para a TV – participando de programas como O Fino da Bossa, Jovem Guarda, de Roberto Carlos, e até Divino Maravilhoso da Tropicália, de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Jorge Ben Jor virou mentor de um novo estilo batizado de samba-rock, ou sambalanço. Entrou na década de 70 na onda do samba-soul e das guitarras elétricas e estourou com Fio Maravilha, vencedora do Festival Internacional da Canção em 1972, com Maria Alcina. Os discos A Tábua de Esmeralda e África Brasil, lançados em meados da década se tornaram clássicos. Nos anos 80, voltou a carreira para o exterior, até que, em 1989 mudou o nome artístico para Jorge Ben Jor. No ano seguinte, abriu a década de 90 com a música alusiva ao papa do soul brasileiro Tim Maia, W/Brasil (Chama o Síndico), um dos seus maiores sucessos.