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Gaúchos frios com Lenny Kravitz

Arquivo Geral

17/03/2005 0h00

Lenny Kravitz reafirmou, terça-feira, em Porto Alegre (RS), o posto de ministro do rock – autotítulo sacramentado no novo hit, Minister of Rock’n’roll – no primeiro show da turnê brasileira de Celebrate. Classudo, elétrico e, certamente, mestre na arte de animar o público, Kravitz coibiu uma briga e usou de muita perseverança para penetrar na fria multidão de 20 mil pessoas que acompanhou as duas horas de show do roqueiro no Estádio Olímpico (o do Grêmio).

“Ei, vocês aí!”, bradou Kravitz, parando a música no ato e apontando para os que se envolviam na arenga. “Vamos parar com isso!” Esperou acalmarem-se os ânimos e remendou: “Agora estamos bem? Viemos aqui celebrar o amor, gente! Então, nada de briga!”

DesapontamentoFora a pequena parcela de fanáticas que ocupava o gargarejo do palco e os rapazes que cantarolavam as letras de cor, a platéia gaúcha estava até um pouco hostil, especialmente pelo atraso (desculpável) de 45 minutos, e reforçado pelo preço salgado da água (R$ 4) e cerveja (R$ 5). “Poderia atrasar o cachê dele”, soltou o fã e advogado Júlio Cesar Paiva, de 31 anos”.

Quando o astro entrou em cena, a sudação foi grande, mas não vibrou à altura da personalidade de Kravitz, que não escondeu o desapontamento. De seu altar iluminado por luz néon verde e roxa, balançou a cabeça negativamente, parou a música Live duas vezes e chamou atenção dos espectadores. “Preciso que vocês acordem, preciso que vocês sintam”, disse, vestido com o usual figurino preto-purpurinado, com um lenço vermelho semelhante a uma gravata.

SúplicaO público demonstrava boa vontade. “Eu te amo, Lenny”, gritavam em coro as amigas estudantes Carolina Almeida, Daniela Freitas e Ana Beatriz Silva, todas de 19 anos. Contudo, mais uma vez, Lenny insistia por uma reação da platéia no refrão de Let Love Rule. “Vamos, gente”, instiga. Alguns arriscaram um “ooo” e um “aaa” frustrados, porém, isso não satisfez Lenny. “Eu também preciso de ajuda”, disse.

Num ultimato até empolgante, o furacão pop americano discorreu: “Levou um bom tempo para que eu viesse ao Brasil. É minha primeira vez aqui. Não fomos para São Paulo, não fomos para o Rio, nem para Brasília, mas sim viemos para Porto Alegre. Quero que representem seu povo, em nome do amor, em nome de Jesus, o Cristo… Cantem por nós”.

A súplica bastou. A barreira que impedia a eletricidade de Lenny chegar até a platéia foi completamente removida. O público despertou para o fato de que estavam diante do ministro do rock. Sabiamente, Lenny desfilou quatro dos seus principais hits em seqüência, a começar pela balada It Ain’t Over Till is Over, até o empolgante American Woman. Uma realização de vida para a estudante Maria Eduarda Silveira, de 22 anos, fã e eterna apaixonada por Lenny. “Olha como ele é lindo. E ainda é inteligente. Lenny é um deus, acho que demorou para o pessoal perceber isso”, avaliou.

SentupéEntre a platéia gaúcha, mais ao fundo, os integrantes da banda brasiliense Sentupé tomavam algumas lições com o mestre. “Para quem é músico, ter a oportunidade de ver esse show é um aprendizado muito grande, que nem se fala”, destacou o vocalista Cássio Uffi, que agora tenta ganhar a vida na noite do Rio Grande do Sul. O ex-VJ da MTV Gastão Moreira estava por lá e deu seu aval do show. “É impressionante como a banda de Lenny casa bem”, observou Gastão. “Cara, vocês tem de falar da baterista dele, é uma máquina”, sugeriu à turma da imprensa que cobria o evento.

A definição de máquina, usada por Gastão, é um termo bem oportuno para caracterizar o Lenny ao vivo, dos palcos – sem o disfarce dos videoclipes, nem o apuro do álbum gravado. A interação com a banda, permitiu momentos de improviso instrumental – com solos de trombone, sax, trompete e, da bateria comandada pela poderosa Cindy Blackman (realmente, merecedora dos maiores elogios, depois de Lenny Kravitz). Antes do grand finale, no segundo bis, Lenny canta Again e deixa claro, nos versos da música: I’ll see you again (Verei vocês nomavente)”.

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    17/03/2005 0h00

    Lenny Kravitz reafirmou, terça-feira, em Porto Alegre (RS), o posto de ministro do rock – autotítulo sacramentado no novo hit, Minister of Rock’n’roll – no primeiro show da turnê brasileira de Celebrate. Classudo, elétrico e, certamente, mestre na arte de animar o público, Kravitz coibiu uma briga e usou de muita perseverança para penetrar na fria multidão de 20 mil pessoas que acompanhou as duas horas de show do roqueiro no Estádio Olímpico (o do Grêmio).

    “Ei, vocês aí!”, bradou Kravitz, parando a música no ato e apontando para os que se envolviam na arenga. “Vamos parar com isso!” Esperou acalmarem-se os ânimos e remendou: “Agora estamos bem? Viemos aqui celebrar o amor, gente! Então, nada de briga!”

    DesapontamentoFora a pequena parcela de fanáticas que ocupava o gargarejo do palco e os rapazes que cantarolavam as letras de cor, a platéia gaúcha estava até um pouco hostil, especialmente pelo atraso (desculpável) de 45 minutos, e reforçado pelo preço salgado da água (R$ 4) e cerveja (R$ 5). “Poderia atrasar o cachê dele”, soltou o fã e advogado Júlio Cesar Paiva, de 31 anos”.

    Quando o astro entrou em cena, a sudação foi grande, mas não vibrou à altura da personalidade de Kravitz, que não escondeu o desapontamento. De seu altar iluminado por luz néon verde e roxa, balançou a cabeça negativamente, parou a música Live duas vezes e chamou atenção dos espectadores. “Preciso que vocês acordem, preciso que vocês sintam”, disse, vestido com o usual figurino preto-purpurinado, com um lenço vermelho semelhante a uma gravata.

    SúplicaO público demonstrava boa vontade. “Eu te amo, Lenny”, gritavam em coro as amigas estudantes Carolina Almeida, Daniela Freitas e Ana Beatriz Silva, todas de 19 anos. Contudo, mais uma vez, Lenny insistia por uma reação da platéia no refrão de Let Love Rule. “Vamos, gente”, instiga. Alguns arriscaram um “ooo” e um “aaa” frustrados, porém, isso não satisfez Lenny. “Eu também preciso de ajuda”, disse.

    Num ultimato até empolgante, o furacão pop americano discorreu: “Levou um bom tempo para que eu viesse ao Brasil. É minha primeira vez aqui. Não fomos para São Paulo, não fomos para o Rio, nem para Brasília, mas sim viemos para Porto Alegre. Quero que representem seu povo, em nome do amor, em nome de Jesus, o Cristo… Cantem por nós”.

    A súplica bastou. A barreira que impedia a eletricidade de Lenny chegar até a platéia foi completamente removida. O público despertou para o fato de que estavam diante do ministro do rock. Sabiamente, Lenny desfilou quatro dos seus principais hits em seqüência, a começar pela balada It Ain’t Over Till is Over, até o empolgante American Woman. Uma realização de vida para a estudante Maria Eduarda Silveira, de 22 anos, fã e eterna apaixonada por Lenny. “Olha como ele é lindo. E ainda é inteligente. Lenny é um deus, acho que demorou para o pessoal perceber isso”, avaliou.

    SentupéEntre a platéia gaúcha, mais ao fundo, os integrantes da banda brasiliense Sentupé tomavam algumas lições com o mestre. “Para quem é músico, ter a oportunidade de ver esse show é um aprendizado muito grande, que nem se fala”, destacou o vocalista Cássio Uffi, que agora tenta ganhar a vida na noite do Rio Grande do Sul. O ex-VJ da MTV Gastão Moreira estava por lá e deu seu aval do show. “É impressionante como a banda de Lenny casa bem”, observou Gastão. “Cara, vocês tem de falar da baterista dele, é uma máquina”, sugeriu à turma da imprensa que cobria o evento.

    A definição de máquina, usada por Gastão, é um termo bem oportuno para caracterizar o Lenny ao vivo, dos palcos – sem o disfarce dos videoclipes, nem o apuro do álbum gravado. A interação com a banda, permitiu momentos de improviso instrumental – com solos de trombone, sax, trompete e, da bateria comandada pela poderosa Cindy Blackman (realmente, merecedora dos maiores elogios, depois de Lenny Kravitz). Antes do grand finale, no segundo bis, Lenny canta Again e deixa claro, nos versos da música: I’ll see you again (Verei vocês nomavente)”.

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