Rodrigo Santoro, que vive Amado, o “homem-pássaro”, diz que voltou a ser criança ao manipular marionete em cena
Cenário – O cenário foi construído na estrutura metálica que cobria o palco do Rock in Rio. Maria vai rodando o mundo nos 360º do cenário. “A gente não vê o mundo com quina”, poetiza a cenógrafa Lia Renha. O diretor Luiz Fernando é direto: “Usar o domo foi uma solução para conter custos”.
Estilo – No São Paulo Fashion Week, o estilista Jun Nakao causou alvoroço com figurinos de papel. Em Hoje É Dia de Maria, Jun fez 30 roupas assim, algumas com até três metros e meio de altura. Os figurinos do baile da nobreza e do casamento do Príncipe (Rodrigo Rubik) vão revelar o caráter de quem as veste – tipo a sombra de Drácula, no filme de Coppola, que avançava sobre as pessoas enquanto o vampiro fazia cara de bonzinho. “A roupa não permite que o personagem dissimule intenções”, conta Nakao.
Lixo é luxo – O artista plástico Raimundo Rodrigues criou objetos de material reciclado.
Os cavalos dos Cangaceiros (Marco Ricca, Ilya São Paulo e Aramis Trindade), em tamanho real, são de fibra de vidro; marmitas viraram brasões e chapinhas de garrafas transformaram-se em medalhas. “O material usado são sobras de sentimentos”, explica Raimundo, um dos fundadores do grupo Imaginário Periférico. “A gente começou em Nova Iguaçu. Hoje, 170 artistas levam arte a comunidades carentes”.