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Coletânea reúne bandas dos anos 80

Arquivo Geral

09/08/2003 0h00

O rock de Brasília dos anos 80 está de volta. Pelo menos em parte. O baterista dos Titãs e produtor musical Charles Gavin, acaba de editar uma compilação para a gravadora EMI – que deteve a maior parte das bandas locais naquele período – com o objetivo de resgatar o que de melhor se produziu na cena pop nacional, há 20 anos. O primeiro CD da série Pop Rock Nacional Anos 80 (Discoteca Básica – Volume 1) já está na lojas e traz, entre outros, Paralamas do Sucesso, Finis Africae, Plebe Rude e Arte no Escuro.

Quando o explodiu o boom do rock brasiliense no início dos anos 80, ninguém imaginava que, a partir da cisão do Aborto Elétrico (virou Legião Urbana e Capital Inicial no final de 1982) oito bandas surgidas na cidade chegariam às grandes gravadoras em menos de cinco anos. Até o final de 1987, Legião Urbana, Plebe Rude, Finis Africae e Arte no Escuro (EMI), Banda 69 (CBS, hoje Sony), Obina Shock (BMG), Capital Inicial e Detrito Federal (Polygram, hoje Universal) já tinham assegurado um passaporte nacional.

O CD produzido por Gavin traz 16 grupos e artistas pertecentes ao cast da EMI, entre eles Dulce Quental (ex-vocalista da banda feminina Sempre Livre), os paulistas do Zero – cujo show de lançamento foi em Brasília, no teatro do Colégio Alvorada, em 1984), as punks paulistas da Mercenárias e o ska bem-humorado do Kongo, produzido por Bi Ribeiro, de onde saiu o parceiro de Ed Mota, Bom Bom, para formar a Conexão Japeri.

A compilação reedita as gravações originais e, segundo Ronaldo Pereira, baterista do Finis Africae, pode ser uma porta para resgatar o LP que banda lançou em 1988 e que vendeu 60 mil cópias. “Estamos tentando que a EMI reedite o disco em CD”, disse o músico agora radicado no Rio de Janeiro e que mantém a banda em atividade, ao lado do vocalista Eduardo Moraes.

“Há muito tempo eu tinha vontade de montar um disco com as bandas e os artistas da nossa geração lançados pela EMI”, conta o produtor Charles Gavin, que já teve essa experiência na antiga Polygram (hoje Universal) relançando nomes da MPB.

Embora não seja uma coletânea sobre o rock produzido em Brasília nos anos 80, Pop Rock Nacional dos Anos 80 (Discoteca Básica – Volume 1) traz quatro grupos que surgiram a partir da cidade (mesmo os Paralamas nunca tendo tocado aqui com esse nome, Herbert e Bi sempre divulgaram que tudo começou na capital).

O CD abre com Fui Eu, o maior sucesso do segundo LP do PDS, O Passo do Lui – um amigo do trio que hoje mora em Brasília, onde é artista plástico e funcionário do Banco do Brasil. A Plebe Rude (o guitarrista Felipe Seabra e o baixista André X também estão morando na cidade) vem em seguida, com A Ida, o hit do disco de Nunca Fomos Tão Brasileiros, de 1987. Finis Africae é recuperado com Armadilha, que também integrou a trilha sonora do filme Anjos da Noite, que marcou a estréia do diretor Wilson Barros. O Arte no Escuro surge com Beija-me Cowboy, com letra do garoto-capa dos Paralamas (fundador da banda), na voz de Mariele Loyola (Ex-Escola de Escândalos e fundadora da Volkana).

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    09/08/2003 0h00

    O rock de Brasília dos anos 80 está de volta. Pelo menos em parte. O baterista dos Titãs e produtor musical Charles Gavin, acaba de editar uma compilação para a gravadora EMI – que deteve a maior parte das bandas locais naquele período – com o objetivo de resgatar o que de melhor se produziu na cena pop nacional, há 20 anos. O primeiro CD da série Pop Rock Nacional Anos 80 (Discoteca Básica – Volume 1) já está na lojas e traz, entre outros, Paralamas do Sucesso, Finis Africae, Plebe Rude e Arte no Escuro.

    Quando o explodiu o boom do rock brasiliense no início dos anos 80, ninguém imaginava que, a partir da cisão do Aborto Elétrico (virou Legião Urbana e Capital Inicial no final de 1982) oito bandas surgidas na cidade chegariam às grandes gravadoras em menos de cinco anos. Até o final de 1987, Legião Urbana, Plebe Rude, Finis Africae e Arte no Escuro (EMI), Banda 69 (CBS, hoje Sony), Obina Shock (BMG), Capital Inicial e Detrito Federal (Polygram, hoje Universal) já tinham assegurado um passaporte nacional.

    O CD produzido por Gavin traz 16 grupos e artistas pertecentes ao cast da EMI, entre eles Dulce Quental (ex-vocalista da banda feminina Sempre Livre), os paulistas do Zero – cujo show de lançamento foi em Brasília, no teatro do Colégio Alvorada, em 1984), as punks paulistas da Mercenárias e o ska bem-humorado do Kongo, produzido por Bi Ribeiro, de onde saiu o parceiro de Ed Mota, Bom Bom, para formar a Conexão Japeri.

    A compilação reedita as gravações originais e, segundo Ronaldo Pereira, baterista do Finis Africae, pode ser uma porta para resgatar o LP que banda lançou em 1988 e que vendeu 60 mil cópias. “Estamos tentando que a EMI reedite o disco em CD”, disse o músico agora radicado no Rio de Janeiro e que mantém a banda em atividade, ao lado do vocalista Eduardo Moraes.

    “Há muito tempo eu tinha vontade de montar um disco com as bandas e os artistas da nossa geração lançados pela EMI”, conta o produtor Charles Gavin, que já teve essa experiência na antiga Polygram (hoje Universal) relançando nomes da MPB.

    Embora não seja uma coletânea sobre o rock produzido em Brasília nos anos 80, Pop Rock Nacional dos Anos 80 (Discoteca Básica – Volume 1) traz quatro grupos que surgiram a partir da cidade (mesmo os Paralamas nunca tendo tocado aqui com esse nome, Herbert e Bi sempre divulgaram que tudo começou na capital).

    O CD abre com Fui Eu, o maior sucesso do segundo LP do PDS, O Passo do Lui – um amigo do trio que hoje mora em Brasília, onde é artista plástico e funcionário do Banco do Brasil. A Plebe Rude (o guitarrista Felipe Seabra e o baixista André X também estão morando na cidade) vem em seguida, com A Ida, o hit do disco de Nunca Fomos Tão Brasileiros, de 1987. Finis Africae é recuperado com Armadilha, que também integrou a trilha sonora do filme Anjos da Noite, que marcou a estréia do diretor Wilson Barros. O Arte no Escuro surge com Beija-me Cowboy, com letra do garoto-capa dos Paralamas (fundador da banda), na voz de Mariele Loyola (Ex-Escola de Escândalos e fundadora da Volkana).

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