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Clarisse Grova mostra o poder do improviso em show na EMB

Arquivo Geral

23/01/2010 0h00

É possível que Clarisse Grova seja um nome estranho para você. Mas a cantora e compositora carioca, dona de uma potente voz aveludada, é uma grande defensora da música popular brasileira. Pelo terceiro ano consecutivo, foi convidada para ministrar aulas de canto popular no Curso de Verão da Escola de Música de Brasília (EMB). Ela havia combinado uma participação no show do músico mineiro Tavito, mas, diante do convite para vir à capital federal, não pensou duas vezes.

Para ficar ainda melhor, Clarisse e alguns amigos, fazem show netse domingo (23) sem qualquer roteiro ou combinação prévia. É uma turma de feras formada por Leandro Braga, Célia Vaz, Rafael Barata (bateria), SérgioGalvão (saxofone), Ney Conceição (baixo elétrico), Lula Galvão(guitarra) e Jorge Helder (contrabaixo) participam do espetáculo. “Quem vai escolher o repertório, com 15 canções, é o público. E agente vai ter que se virar”, desafia Grova. O nome não poderia ser mais apropriado: E a gente nem ensaiou…

Clarisse se encantou com o os alunos e professores do Curso de Verão desde sua primeira participação, em 2008. “A impressão que tenho é que venho para cá há 15 anos, porque a gente pega o pique muito rápido”.Tanto entrosamento se deve, também, ao fato de a cantora ter projetos paralelos com alguns dos colegas de curso no Rio de Janeiro. Ela e Leandro Braga (professor de piano popular do Curso) estão gravando um álbum juntos e tocam em uma banda de samba, da qual faz parte, também, a maestrina e cantora Célia Vaz (professora de arranjo vocal docurso).

Com esta, aliás, Clarisse tem um conjunto vocal chamado Nós Quatro, com Fabyola Sendinno e Márcio Lott. Ao comentar sobre o elenco do Curso, Clarisse não poupa elogios. “Eu fico admirada com a qualidade dos profissionais que estão aqui, professores e alunos. Aqui está a nata da música popular brasileira. Da música internacional, pessoas importantíssimas estão representadas. Fazer parte disto acrescenta demais à minha história”, afirma.

Novas turmas

Devido à grande procura, a Escola solicitou que a cantora abrisse duas turmas, uma de manhã e outra à tarde, ambas com lotação esgotada. “É impressionante, nos dois turnos, não existe um só aluno que desafine”, conta. Grova destaca também a infraestrutura e a organização do evento. “O material que a gente tem aqui é maravilhoso. As salas têm piano, microfones, caixas, mesa de som. Tudo isso ajuda bastante o andamento das aulas”, elogia. Apesar de ter resistido aos primeiros convites, Clarisse parece estar tomando gosto pela sala de aula. “Acho que ninguém ensina o outro a cantar. A gente passa a experiência que tem. Isso é encantador, pois cada um tem sua verdade, onda, timbre, sentimento, e vamos desenvolvendo um trabalho em conjunto”.

Ela conta que sai bastante empolgada e revigorada das aulas, pois se encanta com o modo como os alunos crescem e a envolvem. “Eles vão me ganhando como se fosse um imenso público. Aprendo muito com eles”. No Curso de Verão do ano passado, Grova disse que gravaria um álbum somente com canções de Fátima Guedes, veterana das aulas de canto popular do evento. Mas o projeto se modificou. Clarisse incluiu canções de Fátima em seu trabalho de músicas autorais, intitulado Coragem, que deve ser lançado em breve.

Outro álbum está a caminho. Composto somente por sambas, Que Tal?, com o bandolinista Afonso Machado, está em prcesso de mixagem e não demora a ser lançado.

Serviço

E a gente nem ensaiou… – show com Clarisse Grova e convidados. Domingo, às 19h, no Teatro de Câmara da Escola de Música de Brasília (602 norte). Entrada gratuita, mas a direção do evento está recolhendo alimentos não perecíveis e roupas para as vítimas do terremoto noHaiti. Classificação livre.

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