Quem vê o Noite Afora nem imagina que por trás daquele jeito descontraído e divertido de Monique Evans está uma mulher triste e que, nem de longe, lembra aquela modelo que, no auge de sua carreira, na década de 80, andava tranqüilamente por Ipanema, onde vivia. Hoje, aos 47 anos, Monique diz sofrer de síndrome do pânico, um distúrbio que a faz sentir medo de situações que não oferecem perigo.

“Tenho medo de sair à rua, ir ao shopping e ao supermercado. Fiquei em casa sozinha no último fim de semana cheia de medo que acontecesse alguma coisa comigo e não ter para quem ligar”, diz a apresentadora.

O sucesso do programa também mexeu com a cabeça de Monique: “Tenho medo de pessoas. De repente, eu fiquei muito famosa. Não estou preparada para essas coisas de não poder ir ao supermercado, às vezes sou até deselegante”.

E os problemas não param por aí. Ela não esconde de ninguém a insatisfação em fazer o Noite Afora. “Começo a gravar o programa às 22h30. Chego a sair da emissora por volta de 4h. Fica difícil levar uma vida normal”, conta Monique, que já avisou que está deixando a atração.

O contrato com a RedeTV! termina em maio, mas ela não pensa em renovar. E não é por uma questão financeira. As gravações da Noite Afora acontecem apenas duas vezes por semana e a apresentadora ganha R$ 20 mil por mês, além de participação no merchandising.