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Política & Poder

TSE relata tentativa de derrubar sistema, mas ataque foi neutralizado

O ministro Luís Roberto Barroso buscou tranquilizar a população sobre o resultado das eleições, afirmando que não há risco da tentativa de ataque ter influência

Marcus Eduardo Pereira

15/11/2020 16h53

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, relatou há pouco que houve uma tentativa de ataque ao sistema que abriga as informações da Justiça Eleitoral, mas que foi totalmente neutralizado. “Houve de fato tentativa de ataque com quantidade de acessos maciços para tentar derrubar sistema como um todo”, afirmou o ministro. Segundo ele, mais informações sobre o ocorrido estão sendo apuradas e serão divulgadas numa próxima oportunidade. “A informação que tenho é que foi tentativa de derrubar o sistema. Mas está tudo funcionando bem”, disse.

“Estamos atentos, ataques são preocupação do mundo contemporâneo”, afirmou Barroso, para quem, no entanto, essa tentativa não é uma novidade desse pleito. “Minha impressão é que eles se repetem de longa data”, disse o presidente do TSE em coletiva à imprensa neste domingo (15).

Apesar de não ter detalhes sobre o ocorrido, Barroso afirmou ser “quase certo” de que a tentativa de ataque partiu de uma ação em outro país. “Às vezes quando ocorre ataque de outro país alguém aqui reivindica, mas muito provavelmente terá sido ataque de outro país”, disse Barroso.

O ministro ainda buscou tranquilizar a população sobre o resultado das eleições, sobre o qual não há risco de uma eventual tentativa de ataque ter influência. “Ainda que pudesse haver problema na transmissão de dados, tudo o que acarretaria de transtorno seria atraso, mas não com comprometimento de resultado”, explicou.

O presidente do TSE ainda comentou que houve notícia de que teria havido vazamento de dados de funcionários do TSE, o que também está em apuração. “Esse vazamento não é produto de ataque atual, é de ataque antigo, que não fomos capazes de precisar se antigo de 10 dias ou de cinco anos”, afirmou.

Medida de segurança após ataque ao STJ gerou instabilidade no e-Título

Uma medida de segurança tomada após o ataque ao sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é uma das explicações para a instabilidade apresentada no aplicativo e-Título, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, um dos principais servidores da Corte foi retirado da rede para servir como uma cópia de segurança de todas as informações relevantes da Justiça Eleitoral. Estando fora do sistema, uma eventual tentativa de ataque bem sucedida resguardaria o conteúdo.

Contudo, isso fez com que o outro servidor principal utilizado pelo tribunal ficasse sobrecarregado, explicou Barroso. “Desligamento de primeiro servidor afetou o desempenho ótimo do e-Título, essa é uma das explicações”, afirmou o ministro.

Os eleitores estão desde manhã relatando instabilidades no funcionamento do aplicativo. Entre os relatos, os usuários afirmam não estar conseguindo consultar a zona eleitoral ou concluir a operação de justificativa do voto.

Barroso confirmou que há instabilidade para os dois problemas. Porém, o ministro ressaltou que a principal funcionalidade do e-Título atende normalmente aos eleitores, que é de identificação na seção eleitoral.

“Todas as pessoas que baixaram o e-Título no seu celular e o apresentaram para votar, ele teve funcionamento perfeito, sua principal funcionalidade operou de maneira totalmente adequada”, disse.

O ministro disse que foram baixados cerca de 13 milhões de e-Títulos. Só nas últimas 24 horas, foram 3 milhões de downloads

O presidente do TSE também destacou que a justificativa pelo aplicativo é uma novidade deste ano, e que as formas tradicionais para o eleitor explicar o motivo de não ter ido às urnas continuam funcionando normalmente.

Barroso lembrou que o cidadão pode, por exemplo, justificar hoje o voto pessoalmente ou, a partir de amanhã, preencher o formulário de justificativa. Mesmo com os problemas enfrentados, segundo ele, foram 560 mil justificativas até as 15h.

“Estamos em contato com empresa que produziu o aplicativo e o Google para regularização”, disse ainda o ministro, que espera ter o problema totalmente resolvido no 2º turno das eleições.

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