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Política & Poder

Quem é Lindôra Araújo, aliada de Aras pivô de crise com força-tarefa da Lava Jato

A subprocuradora é vista pelos colegas como um nome associado ao bolsonarismo e comanda, além da Lava Jato, investigações sobre a compra fraudulenta de respiradores

Redação Jornal de Brasília

30/06/2020 9h18

Pivô de uma crise envolvendo a Lava Jato e a Procuradoria-Geral da República, a subprocuradora Lindôra Maria Araújo é considerada um nome de confiança de Augusto Aras e se tornou responsável pela operação na PGR após pedido de demissão de José Adonis Callou de Araújo Sá em janeiro deste ano. Veja aqui a cronologia do caso.

Lindôra é vista pelos colegas como um nome associado ao bolsonarismo e comanda, além da Lava Jato, investigações sobre a compra fraudulenta de respiradores durante a crise do coronavírus. O nome da subprocuradora veio à tona após, na semana passada, ela ter ido à capital do Paraná para consultar arquivos da equipe do Ministério Público Federal que originou a Lava Jato, em 2014, nos processos de corrupção do escândalo Petrobrás – da 13.ª Vara Federal, do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro.

A visita resultou em um documento enviado na última quarta-feira, 25, pelos 14 procuradores da força-tarefa da Lava Jato ao PGR e à Corregedoria-Geral. No ofício, a força-tarefa comunica os fatos e o estranhamento gerado na “busca informal” realizada e no uso do nome da Corregedoria do MPF.

Outros casos

No passado, Lindôra já defendeu a federalização das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em documento enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a subprocuradora afirmou que os órgãos estaduais são “incapazes de cuidar do crime”.

Em 2012, ela saiu em defesa da não anulação das provas da Operação Satiagraha, uma das mais polêmicas ações comandadas pela Polícia Federal no governo Lula e que investigou suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo políticos e empresários. Lindôra afirmou na época que declarar ilícita todas as provas seria violar “fortemente” a ordem jurídica, social e econômica do País. O caso foi anulado pelo STF.

Outra atuação da subprocuradora é na Operação Faroeste, inicialmente desencadeada no dia 19 de novembro para investigar um esquema de venda de decisões judiciais que tinha o propósito legitimar a venda de terras na região oeste da Bahia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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