O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ao Supremo Tribunal Federal um parecer que pede que os ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho voltem à prisão preventiva.
Aras justifica a solicitação afirmando que a conduta do casal não deveria permitir outra medida que não fosse a prisão. O procurador-geral também não se curva ao argumento de que o quadro de saúde de Anthony Garotinho é motivo para não deixá-lo preso.
“Registre-se que o seu quadro clínico não foi constatado por perícia oficial. Além disso, inexiste prova pré-constituída nos autos a demonstrar a impossibilidade de o paciente continuar o seu tratamento em estabelecimento prisional adequado”, afirma Aras.
O casal Garotinho estava preso pelos crimes de corrupção passiva, peculato e organização criminosa até o dia 31 de outubro, quando foram soltos após decisão do ministro do STF Gilmar Mendes.
Garotinho e Rosinha são acusados de superfaturamento em contratos firmados entre a Prefeitura de Campos, no Rio de Janeiro, e a construtora Odebrecht, para a construção de casas populares dos programas Morar Feliz I e Morar Feliz II durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita (2009/2016).