“O Ministério da Saúde tem em mãos, neste instante, as vacinas tanto do Butantã quanto da AstraZeneca. Nós poderíamos, num ato simbólico ou numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing”, afirmou.
Conforme o ministro, o governo federal determinou que a vacinação contra a covid-19 seja executada pela pasta e argumentou que não poderia ser desprezada a igualdade entre todos os Estados e todos os brasileiros. Ele ainda conclamou os governadores a não permitir movimentos político-eleitoreiros relacionados à vacinação. Segundo ele, foi “dado o primeiro passo para o início da maior campanha de vacinação do mundo” e a distribuição da vacina será iniciada nesta segunda, a partir das sete horas, para todos os Estados.
O imunizante produzido pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, que teve aval de uso emergencial pela Anvisa, não está no Brasil. O governo federal tentou a importação de 2 milhões de doses na Índia, mas o plano enfrentou problemas. O avião que iria para o país asiático buscar o produto nem chegou a decolar. Com isso, o governo federal se apressou para solicitar nessa sexta, 15, as doses da Coronavac do Instituto Butantã para começar a campanha de vacinação.
Segundo Pazuello, o plano de trazer as doses da Índia não foi levado à frente porque o governo local ainda não havia começado a campanha de imunização contra a covid-19. O desgaste político dos governantes indianos de eventual liberação das 2 milhões de doses antes de começar a vacinação local, portanto, foi um empecilho. “Estamos nas negociações diplomáticas para que seja autorizada a entrega”, afirmou Pazuello.