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Política & Poder

“Não teremos cabides de emprego no governo”, diz Paco Britto em entrevista

Arquivo Geral

13/11/2018 7h00

Atualizada 12/11/2018 22h36

Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília

Francisco Dutra
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“Não teremos cabides de emprego no governo”, afirma o vice-governador eleito Paco Britto (Avante) sobre o futuro governo de Ibaneis Rocha (MDB). À frente da coordenação do governo de transição, Paco está responsável pelo desenho inicial da gestão do emedebista a partir de 1 de janeiro de 2019. Além do compromisso de uma administração livre da política da troca de cargos, o “tomá lá dá cá”, o vice-governador promete um Palácio do Buriti aberto para o diálogo, especialmente com o Câmara Legislativa e os servidores públicos. Segundo Britto, a gestão de Ibaneis irá honrar todas as promessas de campanha especialmente nas área da saúde, como o fim das filas de cirurgia.

O que a população deve esperar o futuro governo Ibaneis?
A população pode esperar que nós vamos dar a ela a esperança de uma Brasília melhor.

Quais serão as prioridades para os primeiros 100 dias de governo?
Não vamos falar de 100 dias. Vamos falar do governo. A prioridade será nas seguintes áreas: saúde, educação, segurança e transporte. Você acertando nessas áreas, você acertou no governo.

Dentro desse contexto, quais são os principais desafios?
O ponto mais crítico na área de saúde é o problema da falta de leitos e as filas nos hospitais. Nós temos que fazer um mutirão para acabar com essas filas.

Não vai ter mais fila para as cirurgias?
O governo vai trabalhar para que realmente entregue todas as promessas de campanha. Elas agora viraram metas. Não são mais promessas.

O senhor participou da política regional nos bastidores. Agora vai para os holofotes. Como é está mudança papel?
A responsabilidade continuará a mesma. Será assim tanto nos bastidores, quanto nos holofotes. O que nós queremos fazer é o bem para Brasília. Queremos fazer uma Brasília melhor para nossos filhos, nossos netos.

A população costuma criticar muito o fato do governo fazer promessas sem prazos. E quando cita prazos não cumpre. O governo Ibaneis terá e cumprirá prazos?
Nós temos que respeitar. Porque o Ibaneis é um advogado e tem metas e prazos à cumprir. Então nós temos na transição, por exemplo, um cronograma com metas e percentuais semanais.

Na transição os resultados estão sendo medidos?
Isso. E não é por semana. Cada dia é medido o percentual que nós estamos alcançando. E vamos entregar 100% com o relatório final da transição no dia 20 de dezembro.

Como será a relação do governo com a Câmara Legislativa?
Será o tratamento mais respeitoso possível. Não teremos imposição. Será de conversa com a Câmara. Será política. Conversando vamos nos entender com os deputados distritais novatos e com os tradicionais. A estratégia é tratar todos com igualdade e chamar os partidos políticos que também os representam para sentar à mesa.

O atual governo se isolou politicamente. Ibaneis corre esse risco?
Com toda sinceridade, não. Um dos primeiros atos feitos por ele foi uma reunião com todos os partidos, sem exceção. Inclusive os que vieram por último no segundo turno. Então, acho que isolamento nós não teremos.

Essa costura inicial de alianças é vista por muita gente como um passo inicial para a política do “tomá lá dá cá”. Como o senhor responde a isso?
O “toma lá, dá cá”, a princípio, não terá. Até, porque, nós fomos eleitos com aproximadamente 71% dos eleitorado. Então, estamos referendados pela população. Fora isso, todos os partidos que estão desde o segundo turno vieram sem pedir nada. Ninguém pediu nada.

As indicações, ou sugestões, que os partidos farão para o governo passarão por crivos técnicos? Há risco de um cabide de emprego em uma administração regional por exemplo?
Não há risco. E digo muito isso. Passamos por vários etapas. A primeira etapa foi a campanha, agora estamos na transição. Agora estamos tratando com os partidos de transição.

Mas quando o governo sair do papel, há risco de vermos um cabide de emprego?
Não vai ter cabide de emprego no governo. Não vai ter esse perigo. Nós vamos fazer um governo, claro com algumas indicações políticas, mas com um viés técnico. Igual estamos fazendo na transição. Os partidos indicam politicamente, mas com um viés técnico. E nós estamos respeitando isso.

Como será a relação com os servidores públicos?
A gente já conversa bastante. Tanto é que ele está escutando os sindicatos. Eles são as representações desses trabalhadores.

Qual é o papel do servidor para o GDF?
É primordial. Tanto é que sempre falamos na campanha que eles tem que ser valorizados. Valorizando o servidor, a população se sente mais tranquila. Porque ele vai trabalhar de bem com o seu serviço. Ele vai gostar de trabalhar assim.

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