Menu
Política & Poder

Mourão admite que briga por vacina é questão política e afirma que governo vai comprar a Coronavac

“O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina”, disse o vice-presidente

Redação Jornal de Brasília

30/10/2020 11h12

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que todo o imbróglio dos últimos dias em torno da vacina chinesa Coronavac se dá por conta de briga política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria. Perguntado se o governo federal vai comprar doses do imunizante chinês, Mourão tranquilizou: “Lógico que vai”.

Perguntado se há razão em torno da polêmica sobre a vacina, Mourão afirma: “Essa questão da vacina é briga política com o Doria”. Depois, o vice-presidente diz que o imunizante será comprado. “O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina”. As declarações foram dadas em entrevista à revista Veja.

Mourão também disse não temer ser vacinado por um imunizante produzido por chineses. “Desde que esteja certificada pela Anvisa, não tem problema nenhum”, declarou.

O vice-presidente também falou da China em si. Para Mourão, o país pratica um “capitalismo de Estado” e não um “comunismo clássico”, como muitos afirmam. “O Estado não é proprietário dos meios de produção ali. Agora, é partido único? É partido único. É um regime autoritário ditatorial? É um regime autoritário ditatorial. Mas é o regime deles”, avalia.

“A gente tem de entender que a China nunca viveu sob um regime democrático, numa república como nós a entendemos.”

Bolsonaro x Doria

A briga política a qual Mourão se refere começou há cerca de duas semanas, quando Doria afirmou que tornaria obrigatória a vacinação contra a covid-19 quando o imunizante estiver disponível. Bolsonaro parece não ter gostado e rebateu, dizendo que ninguém será obrigado a tomar a vacina caso não queira.

Leia mais: Bolsonaro diz para Doria arrumar outro para pagar vacina e fala em reeditar decreto do SUS

Depois, o presidente foi além e disse que não compraria as doses da vacina chinesa. A Coronavac é produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. No Brasil, há uma parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, para a produção. O Ministério da Saúde chegou a anunciar um protocolo de intenções para a compra de 46 milhões de doses. Na manhã seguinte, Bolsonaro veio a público contrariar a pasta.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado