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Política & Poder

Milícias virtuais são ilegais, diz Cármen Lúcia

De acordo com a ministra: “No mundo inteiro estamos vendo o fascismo chegar perto, mas não chega pela forma tradicional, chega com os robôs, se entronizam em espaços que a gente nem percebe”

Redação Jornal de Brasília

03/05/2020 18h48

Foto: Agência Brasil

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou serem “absolutamente ilegais” as milícias virtuais, e que – apesar de “antidemocrático” – robôs estão sendo empregados para influenciar o debate político em ambientes digitais. De acordo com a ministra: “No mundo inteiro estamos vendo o fascismo chegar perto, mas não chega pela forma tradicional, chega com os robôs, se entronizam em espaços que a gente nem percebe”.

Neste domingo, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fizeram um protesto contra ministros do STF, entre eles Alexandre de Moraes – que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a chefia da Polícia Federal e é relator de um processo que investiga o uso robôs e fake news – e o presidente da Corte, o ministro Dias Toffoli.

Segundo Cármen Lúcia, “nem se sabia até há muito pouco tempo se era alguém do outro lado ou se havia a possibilidade de haver um robozinho a serviço – que me pareceu sempre – da anti-democracia, do fascismo, do autoritarismo e da ditadura. São esses que querem se valer de máquinas porque não podem contar com pessoas”.

De acordo com Cármen Lúcia, “ditador não gosta de gente, gosta de chicote, gosta de máquina. Ele manda na máquina e quebra ela se não fizer o que quer”. A ministra ainda citou a letra da música “Disparada”, de Geraldo Vandré e Théo de Barros: “Gado a gente marca, mas com gente é diferente”.

Cármen Lúcia participou de transmissão ao vivo pela internet promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Estadão Conteúdo

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