A primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou com uma ação na Justiça de São Paulo contra o jornalista Germano Oliveira e a revista “Isto É”. Michelle baseia o processo em uma matéria da revista em que, segundo ela, os réus estariam insinuado que ela manteria um caso extraconjugal com o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB-RS).
A matéria foi publicada no dia 21 de fevereiro e, de acordo com a primeira-dama, a publicação provocou “efeitos nefastos em sua vida”. No processo, Michelle pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.
O pleito foi protocolado no dia 6 de maio, mas a parte acusada ainda não se manifestou acerca do litígio. No texto da matéria, que gerou a polêmica, lê-se o seguinte:
“O esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto
Michelle Bolsonaro, de 37 anos, demonstra certo desconforto no casamento. Foi sozinha à festa de casamento da deputada Carla Zambelli, na sexta-feira 14.
Na véspera do Natal, resolveu fazer uma cirurgia nos seios, e o marido viajou para a praia na Bahia.
Nos últimos meses, viajava sozinha pelo País com o ministro Osmar Terra, que acaba de cair. Agora, Bolsonaro resolveu vigiá-la de perto e instalou-a na Biblioteca do Planalto.“
Apesar de Germano Oliveira não ter afirmado que Michelle estaria cometendo adultério, na visão da primeira-dama, a forma da abordagem escolhida pelo autor do texto jornalístico teria o objetivo de insinuar uma suposta infidelidade de Michelle. Leia, abaixo, a acusação no processo judicial, divulgada pelo portal DCM:
“Os RÉUS (Germano Oliveira e “Isto É”) veicularam notícia puramente especulativa sobre a integridade e caráter da AUTORA (Michelle Bolsonaro), afirmando ao leitor de maneira sorrateira e tendenciosa que havia sido infiel em seu matrimônio. Em outras palavras, que em razão de um suposto caso extraconjugal da AUTORA com o ex-Ministro da Cidadania Osmar Terra, o Exmo. Sr. Presidente destituiu este do cargo e passou a se esforçar “para vigiar a mulher de perto” “instalando-a” na Biblioteca do Planalto.
Não poderia ter sido mais ardil o meio de manipulação da informação pelos RÉUS na publicação dessa notícia, dado o fato de que se utilizou de TÍTULO INDUTIVO para levar o leitor à conclusão de que a AUTORA havia traído seu marido, o Exmo. Sr. Presidente.”
No processo, os advogados de Michelle também explicam as razões que a fizeram viajar com o ex-ministro Osmar Terra. Os dois teriam viajado sem a presença do presidente Jair Bolsonaro com o intuito de atender a eventos oficiais. Na ocasião, o presidente da república estaria impossibilitado de comparecer a todos os eventos, devido a uma incompatibilidade de sua agenda.
Assim, “sua representação (do presidente da República) é personificada na figura da ‘primeira-dama’ quanto às atividades voluntárias em campanhas ou políticas solidárias e sociais, sendo um contrassenso aproveitar-se justamente de tais situações (em que a primeira-dama estivesse desacompanhada do Exmo. Sr. Presidente) para argumentar, in casu, o inverídico caso extraconjugal”.
A primeira dama também negou que estaria vivendo qualquer “desconforto no casamento”. Michelle também alega que a saída de Osmar Terra do cargo ocupado na pasta não tem relação com uma eventual “desconfiança do esposo”.