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Política & Poder

Michelle pede R$ 100 mil de indenização à revista e nega ter traído Bolsonaro com Osmar Terra

Matéria foi publicada no dia 21 de fevereiro e, de acordo com a primeira-dama, a publicação provocou “efeitos nefastos em sua vida”

Redação Jornal de Brasília

10/06/2020 7h39

A primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou com uma ação na Justiça de São Paulo contra o jornalista Germano Oliveira e a revista “Isto É”. Michelle baseia o processo em uma matéria da revista em que, segundo ela, os réus estariam  insinuado que ela manteria um caso extraconjugal com o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB-RS).

A matéria foi publicada no dia 21 de fevereiro e, de acordo com a primeira-dama, a publicação provocou “efeitos nefastos em sua vida”. No processo, Michelle pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.

O pleito foi protocolado no dia 6 de maio, mas a parte acusada ainda não se manifestou acerca do litígio. No texto da matéria, que gerou a polêmica, lê-se o seguinte:

O esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto

Michelle Bolsonaro, de 37 anos, demonstra certo desconforto no casamento. Foi sozinha à festa de casamento da deputada Carla Zambelli, na sexta-feira 14.

Na véspera do Natal, resolveu fazer uma cirurgia nos seios, e o marido viajou para a praia na Bahia.

Nos últimos meses, viajava sozinha pelo País com o ministro Osmar Terra, que acaba de cair. Agora, Bolsonaro resolveu vigiá-la de perto e instalou-a na Biblioteca do Planalto.

Apesar de Germano Oliveira não ter afirmado que Michelle estaria cometendo adultério, na visão da primeira-dama, a forma da abordagem escolhida pelo autor do texto jornalístico teria o objetivo de insinuar uma suposta infidelidade de Michelle. Leia, abaixo, a acusação no processo judicial, divulgada pelo portal DCM:

“Os RÉUS (Germano Oliveira e “Isto É”) veicularam notícia puramente especulativa sobre a integridade e caráter da AUTORA (Michelle Bolsonaro), afirmando ao leitor de maneira sorrateira e tendenciosa que havia sido infiel em seu matrimônio. Em outras palavras, que em razão de um suposto caso extraconjugal da AUTORA com o ex-Ministro da Cidadania Osmar Terra, o Exmo. Sr. Presidente destituiu este do cargo e passou a se esforçar “para vigiar a mulher de perto” “instalando-a” na Biblioteca do Planalto.

Não poderia ter sido mais ardil o meio de manipulação da informação pelos RÉUS na publicação dessa notícia, dado o fato de que se utilizou de TÍTULO INDUTIVO para levar o leitor à conclusão de que a AUTORA havia traído seu marido, o Exmo. Sr. Presidente.”

No processo, os advogados de Michelle também explicam as razões que a fizeram viajar com o ex-ministro Osmar Terra. Os dois teriam viajado sem a presença do presidente Jair Bolsonaro com o intuito de atender a eventos oficiais. Na ocasião, o presidente da república estaria impossibilitado de comparecer a todos os eventos, devido a uma incompatibilidade de sua agenda.

Assim, “sua representação (do presidente da República) é personificada na figura da ‘primeira-dama’ quanto às atividades voluntárias em campanhas ou políticas solidárias e sociais, sendo um contrassenso aproveitar-se justamente de tais situações (em que a primeira-dama estivesse desacompanhada do Exmo. Sr. Presidente) para argumentar, in casu, o inverídico caso extraconjugal”.

A primeira dama também negou que estaria vivendo qualquer “desconforto no casamento”. Michelle também alega que a saída de Osmar Terra do cargo ocupado na pasta não tem relação com uma eventual “desconfiança do esposo”.

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