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Política & Poder

MBL e Vem Pra Rua organizam atos pró-Moro no domingo (30)

Ministro tem sido alvo de críticas depois de o site The Intercept Brasil publicar mensagens atribuídas a ele e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato

Willian Matos

26/06/2019 8h17

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública para ouvir o ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, sobre informações e esclarecimentos a respeito das notícias veiculadas na imprensa relacionadas à Operação Lava Jato.rrEm destaque, ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.r rFoto: Pedro França/Agência Senado

Ausentes nas recentes manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro, no fim de maio, os grupos Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL) convocaram para o domingo atos em todo o País em defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

https://www.facebook.com/vemprarua.net/videos/471543000260578/?__xts__[0]=68.ARA6EblzwCAOlk-N22obs1T0iW5CrJuqDeAULjtpV2Gsh0A2tk1SC3AYr5NV4EOwoV35kAbb3iGKrZbfymRuc78K4l9N9Mbunq2geNUC6p5eTkcXJqb63Wewmz3UzthJVajWt0kxKHyKE6-Fdhxiwo-Q4iMB40YOb37gZrLign4puj-IrpPrO81BDcDyvoUJhrtcbFPP1lMJqTd8BwlmVALWRbklTx-6LK-Q4-GZRG6_w9KZmraO-ax4GyG-stJJxK5LHp2xy3sZu0NMWhWGDiOTdnE-QR5iejPDVUZdNbNWvB1hj396IvQGw4O9DGfh2TJaW9GNp4dhIThKi0deuahac2w-ecKHH2E&__tn__=-R

O ministro tem sido alvo de críticas depois de o site The Intercept Brasil publicar mensagens atribuídas a ele, na época em que era juiz, e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Essas conversas, segundo o site, indicariam interferência de Moro no andamento das investigações da operação. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a invasão do celular do ministro e de procuradores.

Os dois grupos, que lideraram os movimentos de rua pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, afirmam que optaram por adotar uma agenda que não inclui a defesa do governo Bolsonaro. Além do apoio a Moro, eles defendem o pacote anticorrupção enviado pelo ministro ao Congresso – cuja tramitação tem enfrentado resistência de parlamentares – e a reforma da Previdência. 

Os movimentos querem mobilizar o mesmo público entusiasta da Lava Jato que foi às ruas contra o PT e as denúncias de corrupção que atingiram o partido em 2015. “Os primeiros atos (em favor do governo) surgiram de uma rede coordenada que prega pautas com as quais não concordamos. O MBL não é pró-Bolsonaro e mantém uma linha independente. A decisão de participar agora foi uma reação à invasão do celular do Sérgio Moro”, disse Renato Battista, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre. 

Segundo ele, surgiu agora “uma necessidade” de defender a Lava Jato. Sobre a suposta mensagem na qual Moro teria chamado os integrantes do MBL de “tontos”, Battista afirmou que o episódio foi levado por eles “na brincadeira”. “Muitos querem jogar o MBL contra a Lava Jato”, disse. 

O grupo de Kim Kataguiri e Fernando Holliday vai receber em seu carro de som políticos que despontaram no MBL e que hoje são filiados ao DEM. 

Proposta

Porta-voz do Vem Pra Rua, Adelaide Oliveira reforçou o discurso de independência em relação ao presidente Bolsonaro e fez uma defesa enfática do ex-juiz da Lava Jato. “O hackeamento do telefone dele foi um crime. O conteúdo revelado até agora, segundo juristas, não é comprometedor”, afirmou Adelaide. 

Questionada sobre a ausência do grupo nos atos mais recentes, a porta-voz disse que as manifestações pró-Bolsonaro estavam “excessivamente personalistas”. “Não apoiamos governo nenhum, mas ideias.” 

Já o movimento Nas Ruas, que também esteve na linha de frente em 2015, apoia Bolsonaro e estará na manifestação de domingo em defesa de Moro. Desta vez, porém, o presidente não estará na pauta. “Não vejo necessidade de defender o Bolsonaro agora”, disse a deputada Carla Zambeli (PSL-SP), fundadora do Nas Ruas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

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