O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se pronunciou na manhã desta sexta-feira (28), horas após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar o afastamento dele do cargo. Witzel alega que foi vítima de uso político.
Witzel é alvo de operação que investiga fraudes na Saúde do Rio de Janeiro. Ele classificou a busca e apreensão da Polícia Federal realizada nesta sexta (29) como “busca e decepção”. “Não encontrou um real, uma joia. Simplesmente mais um circo sendo realizado.”
O governador também insinuou que a subprocuradora da Procuradoria-Geral da República, Lindora Araújo, está cometendo perseguição, além de supostamente ter relação com a família Bolsonaro. “[O presidente] Bolsonaro já declarou que quer o Rio, já me acusou de perseguir a família dele.”
“Afastamento de 180 dias? Por quê? Se em dezembro eu tenho que escolher outro procurador de Justiça? Isso é um ultraje”, declarou Witzel.
Próximo de concluir o discurso, Witzel disse que tomará “medidas necessárias” junto à Justiça para que o afastamento seja revertido. “Não existe nenhum ato de corrupção”, afirmou.
Mesmo afastado, Witzel está autorizado a seguir morando no Palácio das Laranjeiras, sede do governo do Rio. Ele disse que não deixará o local.