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Política & Poder

Kassio diz que não sabe qual função sua esposa desempenha no Senado

O magistrado ainda afirmou que o Judiciário deve inibir as fake news, mas ressaltou que é necessário ter cuidado no julgamento desses casos

Redação Jornal de Brasília

21/10/2020 15h18

Foto: Agência Brasil

Matheus Teixeira e Julia Chaib
São Paulo, SP

Na retomada do intervalo, o juiz federal Kassio Nunes Marques foi indagado sobre o fato de sua mulher trabalhar no gabinete do senador Elmano Férrer (Progressistas-CE).

Ele respondeu que a mulher tinha experiência no Senado e vive em Brasília. Foi por isso, provavelmente, que o senador a contratou. “O trabalho que ela desempenha, eu sabia, mas não sei lhe dizer, porque há mudanças de gabinete, mas o que eu sabia que ela fazia são essas respostas vindas de lideranças e questionamentos de gabinetes”, afirmou.

Ao responder sobre o emprego da mulher, o juiz também afirmou que se vive com “muita dignidade” com salário de R$ 10 mil no Piauí “sem faltar nada para os filhos em escolas particulares”, mas disse que em Brasília o cenário é diferente.

O magistrado ainda afirmou que o Judiciário deve inibir as fake news, mas ressaltou que é necessário ter cuidado no julgamento desses casos.

“A liberdade de expressão, quando retrata algo que ocorre e não é considerado desvirtuamento da verdade, não pode ser tolhida em nenhum aspecto”.

Kassio voltou a ser questionado sobre as inconsistências no currículo e admitiu que trocou textos com o advogado Saul Tourinho, autor de artigos que têm parágrafos idênticos à dissertação do magistrado.

Há um movimento para acelerar a sabatina. Senadores abriram mão de perguntas que disseram ser repetidas e outros foram direto aos questionamento, sem fazer discursos longos. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e parlamentares que apoiam a indicação de Kassio querem realizar a votação do nome em plenário ainda nesta quarta (21).

O governo quer acelerar a votação também para votar outros temas em plenário.

A tendência é que a sabatina seja encerrada antes do que a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), havia previsto. Tebet havia calculado que o interrogatório duraria de 8 a 10 horas.

As informações são da Folhapress

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