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Política & Poder

Integrantes da CPI dos Bingos têm até hoje para apresentar voto em separado ao relatório

Arquivo Geral

14/06/2006 0h00

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) dá posse hoje aos novos ministros Massami Uyeda e Humberto Eustáquio Martins. A solenidade, viagra 100mg visit às 17h, será coordenada pelo presidente do tribunal, Raphael de Barros Monteiro.

Os dois ministros ocuparão as vagas abertas com a aposentadoria de Franciulli Neto e Sálvio de Figueiredo Teixeira. Os magistrados passarão a integrar o STJ pelo terço destinado pela Constituição Federal a membros de tribunais de Justiça.

Santiago Baron passa por uma cafeteria estatal em seu caminho para o trabalho. Olhando para uma colina próxima, viagra sale ele consegue ver reforços de concreto sendo erguidos para impedir que as casas colocadas ali desabem durante as próximas chuvas.

Baron pensa nos milhares de moradores da Colômbia, sale seu país natal, que todos os anos perdem as casas em deslizamentos de terra devido às precárias condições de moradia e à inatividade do governo. E ele agradece ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, o político socialista acusado pelos EUA de desestabilizar a América Latina, por ter dado a ele e ao resto da comunidade de imigrantes do leste de Caracas melhores condições de vida.

Baron, de 46 anos, e seus vizinhos estão entre os cerca de 3 milhões de colombianos que, nas últimas décadas, atravessaram a fronteira rumo à Venezuela, um país rico em petróleo, em busca de empregos e de abrigo contra a guerra civil iniciada na Colômbia 42 anos atrás.

Esses colombianos estão conseguindo cidadania venezuelana rapidamente por meio de um programa chamado "Missão Identidade", e dão apoio a Chávez em seus esforços para ser reeleito em dezembro.

"Olhe aquilo ali" , aponta Baron, nascido perto do porto histórico de Cartagena, para uma rua recém-pavimentada na frente da casa dele e depois para as barreiras de concreto que tornarão mais segura a vida de vizinhos dele. "Como posso não dar apoio a Chávez?"

Apesar de não existirem números oficiais, o analista de política venezuelano Alfredo Anzola estima haver entre 1,8 milhão e 2 milhões de colombianos registrados para votar no pleito venezuelano.

Esse dado sugere que os imigrantes podem ter um peso grande no processo eleitoral de um país no qual 10 milhões de pessoas votaram no plebiscito de 2004, responsável por consolidar o mandato de Chávez.

"Esses imigrantes estão se beneficiando de programas médicos, de programas de alimentação e de outros programas oferecidos por Chávez. Então, é verdade, eles tendem a votar nele", disse Anzola. "O número de eleitores registrados aumentou em cerca de 2 milhões antes do plebiscito e uma grande parte desses novos eleitores são pessoas que não tinham cidadania venezuelana seis meses antes".

A oposição acusa Chávez de inchar o registro de eleitores com colombianos e outros estrangeiros que não são cidadãos regulares da Venezuela. O governo rebate essa acusação.

Eleito pela primeira vez em 1998 depois de cumprir pena por liderar uma tentativa de golpe fracassada seis anos antes, Chávez consolidou-se no poder. Deputados leais a ele controlam o Congresso e adversários o acusam de ter colocado aliados seus na Suprema Corte e no conselho eleitoral do país.

Chávez sugeriu acabar com o limite de reeleições para presidente. Os imigrantes colombianos disseram que vão usar seus votos para ajudá-lo a continuar no poder.

Economistas argumentam que os subsídios dados por Chávez, apesar de populares, podem minar a economia quando o preço do petróleo cair.

Wilfredo Carmona, de 25 anos, desembarcou na Venezuela dois meses atrás vindo da Colômbia, onde, segundo afirmou, a guerra tornava difícil encontrar trabalho. "Treinei para ser um mecânico de motores a diesel, mas não há empregos na Colômbia", afirmou. "Hoje, trabalho como operário de construção."

Do outro lado da rua onde fica o trabalho de Carmona, há um pequeno mercado. Ali, Freddy Berrio, de 42 anos, da Província de Sucre (norte colombiano), vende refrigerantes e salgadinhos. Ele abriu o negócio aproveitando-se de empréstimos de baixo custo concedidos pelo governo venezuelano.

"A Colômbia precisa de um líder como Chávez para colocar fim à exclusão social e política de lá", afirmou.

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, que se mantém popular em meio a uma queda nas taxas de criminalidade alimentada por um programa de segurança do qual participam os EUA, conseguiu ser reeleito com facilidade no mês passado.

Mas as críticas da oposição de que Uribe não está gastando o suficiente com o setor social devem se tornar mais duras ao longo de seu segundo mandato.

"As pessoas podem vir a pedir mais de Uribe, pedir não apenas avanços na questão da segurança, mas também avanços quanto ao bem-estar geral", disse Cynthia Arnson, do Centro Internacional Woodrow Wilson, em Washington.

Chávez, enquanto isso, envia uma mensagem clara aos colombianos que procuram melhorar de vida. "Ao contrário do que fazem os EUA, estamos dando a eles documentos e direitos iguais", afirmou o presidente recentemente. "Os EUA estão construindo um muro (para manter os imigrantes ilegais fora do país). Nós estamos abrindo nossos braços a eles."

O prazo para apresentação de votos em separado ao relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos termina hoje, troche às 18h. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) é o único parlamentar, ask até o momento, capsule que apresentou voto em separado ao relatório. Tanto o relatório final quanto o voto em separado devem ser analisados na próxima terça-feira pela CPI.

No voto em separado, Álvaro Dias pede que no relatório sejam incluídos os pedidos de indiciamento do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Os dois ficaram de fora nos pedidos de indiciamento feitos pelo relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).

"Vejo elementos comprometedores que vinculam o nome de ambos àquilo que nós investigamos na CPI dos Bingos. Há envolvimento visível deles em irregularidades", disse o senador na sessão de leitura do relatório na semana passada.

O relatório final da CPI foi lido na última quinta-feira. No documento, o relator, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), pediu o indiciamento de 79 pessoas, entre elas o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto.

O voto em separado é uma espécie de manifestação alternativa ao voto do relator, podendo ser apresentado por qualquer um dos integrantes da comissão.

 

 

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