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Política & Poder

Governo tenta conter danos após intervenção na Petrobras

Lindauro Gomes

15/04/2019 16h11

REUTERS/Adriano Machado

Após a intervenção do presidente Jair Bolsonaro no preço do diesel, o governo se reuniu nesta segunda-feira (15) para tentar debelar a crise e o temor dos investidores quanto às políticas para a estatal.

No encontro, os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Floriano Peixoto Vieira Neto (Secretaria-Geral da Presidência) discutiram a política de preços dos combustíveis com o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

A medida foi tomada para agradar à classe dos caminhoneiros, que no ano passado paralisou o país para protestar contra a alta dos combustíveis. A intervenção, no entanto, provocou uma queda de 8,54% nas ações ordinárias da Petrobras na última sexta (12), fazendo a empresa perder mais de R$ 32 bilhões em valor de mercado.

Já nesta segunda, os papéis da companhia operam em alta de cerca de 1,4%. Após a interferência, o presidente da República deu uma entrevista negando ser “intervencionista”, mas cobrou justificativas da Petrobras para o reajuste.

Apesar de seu histórico antiliberal enquanto parlamentar, Bolsonaro foi eleito com um discurso em defesa de uma economia mais aberta e de menos intervenções do Estado, especialmente em função da figura de Paulo Guedes. (ANSA)

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