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Política & Poder

Governadores pedem gesto de Bolsonaro para chegada de vacina

“É preciso um gesto [de Bolsonaro] para abertura de um diálogo. A relação está trincada. Há uma necessidade de construir pontes”, disse Dias

Redação Jornal de Brasília

21/01/2021 15h14

Diante do impasse para importação de insumo para vacinas contra a Covid-19, governadores fizeram chegar ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) um apelo para que assuma diretamente a negociação com países dos quais o Brasil depende para produção de imunizantes. Especialmente a China.

Coordenador do tema vacina no fórum de governadores e presidente do Consórcio do Nordeste, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirma que Bolsonaro é quem tem condições legais e diplomáticas para restabelecimento dessas relações.

“É preciso um gesto [de Bolsonaro] para abertura de um diálogo. A relação está trincada. Há uma necessidade de construir pontes”, disse Dias.

Na condição de porta-voz dos governadores, Dias afirma ainda que o momento requer delicadeza. “O que estamos pedindo: o presidente, diretamente com a diplomacia que tem disponível, buscar abrir diálogo para que a gente tenha a vacina”.

Sem citar postagens em que o presidente, seus filhos e o chanceler Ernesto Araújo responsabilizaram a China pela eclosão da pandemia no mundo, Dias ressaltou: “A gente espera é que não aconteça nada que prejudique [a negociação]”.

Alvo de críticas por suas publicações nas redes sociais, Araújo vem perdendo espaço nas negociações com exportadores de composto para a vacina, dividindo a tarefa com os ministros da Saúde, Comunicações e Agricultura.

Representando os governadores nas articulações para obtenção de vacinas, Dias afirma também que o Brasil “chegou a um ponto em que não é razoável que não se caia a ficha” para a necessidade de reedição de tradicionais parcerias comerciais e diplomáticas.

“Olhe lá o que são os principais parceiros. O Brasil não pode desprezar o que foi construído ao longo do tempo no sentido de manter uma relação civilizada com países como China, Índia e Rússia”, afirmou.

As informações são da FolhaPress

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