Nesta sexta-feira (26), a ativista Sara Winter cedeu entrevista aos jornalistas em sua casa, na Vila Planalto, em Brasília. Durante o tempo em que falou, a ativista, com palavras fortes, comparou sua prisão com um homicídio assistido.
“Vocês já imaginaram o que é ser apoiadora do Bolsonaro e ser jogada em um presídio? Foi como se decretassem meu homicídio assistido ou talvez um suicídio. Não é fácil ser presa e ser a favor do Bolsonaro”, disse ela.
Sara ficou presa no Presídio Feminino do Distrito Federal, mais conhecido como Coméia, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Após sair da cadeia Sara afirmou que apresentou sintomas de crises. “Neste momento, eu apresento todos os sintomas de estresse pós-traumático. Hoje vai ter a primeira consulta com psicólogo para dar início a um tratamento forte e intensivo”.
Em sua tornozeleira, Sara escreveu “presa política”. Os advogados da extremista ainda deram a recomendação aos jornalistas de que não fossem feitas perguntas ofensivas. Posteriormente Sara insistiu na recomendação.
Quando precisou descrever a prisão Sara disse que é um lugar cheio de mofo, sujeira e urina.
“Não vi minha família, só meus advogados. Eu estava em um lugar onde já passaram criminosos de verdade. Quando falaram que eu iria para a Colmeia, eu achei que era uma piada de mau gosto”, disse.
“Hoje eu sei a pior coisa que podem fazer com um apoiador do Bolsonaro é jogar em um presídio. Eu tive que ouvir que iam jogar a cabeça do meu filho fora”, ressaltou.