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Política & Poder

Consultoria se inspira na Lava Jato

A Zela prestará consultoria às empresas obrigadas a comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a existência de operações suspeitas

Catarina Lima

12/08/2020 7h41

Um grupo de profissionais com experiência na prevenção à lavagem de dinheiro e recuperação de ativos inaugura amanhã a Zela Consultoria, uma empresa que auxiliará corporações a evitar a utilização de seus negócios para práticas criminosas.

Um dos exemplos mais recente que pode ser citado envolvendo empresas na prática de crimes de lavagem de dinheiro é a Operação Lava Jato, que teve início em março de 2014 e, de acordo com informações do Ministério Público de Curitiba, só no exterior bloqueou R$ 2,1 bilhões, entre bens e valores desviados. Nestes seis anos de atuação foram abertas 116 ações penais, 165 pessoas foram condenadas em primeira e segunda instâncias e 70 fases da operação foram realizadas.

O valor estimado de dinheiro lavado anualmente no mundo está entre 2% e 5% do PIB mundial, ou seja, algo entre US$ 800 bilhões e US$ 2 trilhões, de acordo com dados divulgados pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

A Zela prestará consultoria às empresas obrigadas a comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a existência de operações suspeitas. Estas instituições são bancos, fintechs, Instituições de pagamento, gestores e administradores de fundos de investimentos, corretoras, seguradoras, empresas que comercializam bens de luxo, joalherias, galerias de arte, cartórios, empresas do mercado imobiliário, concessionárias de veículos, entre outras. Essas empresas são conhecidas como “sujeitos obrigados”, por terem obrigação legal de comunicar operações suspeitas ao Coaf.

A advogada Mariana Tumbiolo, CEO da Zela, disse que a Operação Lava Jato foi uma grande experiência para os profissionais que hoje compõem a consultoria. “O trabalho da Zela permitirá às empresas cumprirem com total segurança as exigências legais na área, garantindo aos gestores a tranquilidade de que estão empregando as melhores práticas do mercado para evitar que o negócio seja usado para fins ilícitos, o que pode acarretar penalidades por eventual uso indevido do mesmo”, afirmou Mariana.

Lembrando mais uma vez a Lava Jato, Mariana disse que a operação foi responsável pelo surgimento de uma nova cultura nas empresas brasileiras. Segundo ela, ficou claro que a lavagem de dinheiro, além dos danos materiais causados , também pode prejudicar de forma severa a reputação das companhias.

Na área de recuperação de ativos, a Zela auxiliará credores no rastreamento e recuperação de créditos ocultados pelo devedor. Mariana Tumbiolo, disse ainda, que a Zela reúne profissionais com experiência e tecnologia avançada. A empresa é composta por advogados, ex-membros do Ministério Público, ex-servidores do Coaf e jornalistas. Hoje, será realizado um café da manhã virtual para apresentação da consultoria a um grupo de empresas e amanhã a Zela será inaugurada, pronta para atender clientes de todo o País.

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