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Política & Poder

Caso Marielle continua subordinado à Secretaria de Polícia Civil do Rio, diz MPRJ

O ministro Sergio Moro também não descarta uma “eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República”

Aline Rocha

30/10/2019 16h00

Da Redação
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Em nota divulgada no início da tarde desta quarta-feira, 30, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que “as investigações destinadas a apurar a participação de possíveis outros envolvidos nos homicídios da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes continuam integralmente à cargo da Delegacia de Homicídios, que é subordinada à Secretaria de Polícia Civil do Rio”.

“A atividade investigatória em questão é permanentemente acompanhada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e se processa sob sigilo decretado pelo Juízo de Direito do 4º Tribunal do Júri da Comarca da Capital Fluminense.”

Vale lembrar que, na manhã desta quarta-feira (30), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, encaminhou um ofício à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo que seja instaurado um inquérito para a apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Para Moro, é possível que haja equívoco nas investigações. Ele também não descarta uma “eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República”. “É ainda possível que o depoente em questão tenha simplesmente se equivocado ou sido utilizado inconscientemente por terceiros para essas finalidades”, acrescenta o ministro.

Polícia Civil do Rio diz que Witzel não interfere na apuração do caso Marielle

A Polícia Civil informou que o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), “não interfere na apuração dos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes, nem teve acesso aos documentos do procedimento investigativo, assim como em qualquer outra investigação”.

“A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro é uma instituição de estado, não de governo, com 211 anos de serviços prestados à sociedade fluminense. Todas as investigações são conduzidas com absoluta imparcialidade, técnica e observância à legislação em vigor”, informou a nota da polícia.

“A Polícia Civil reafirma que a investigação desse caso é conduzida com sigilo, isenção e rigor técnico pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), sempre em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.”

Com informações do Estadão Conteúdo

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